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Guedes não foi à ONU para acompanhar assuntos da pasta, diz Mourão

Ministro da Economia também acompanharia a comitiva presidencial para Nova York, mas acabou desistindo da viagem

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Paulo guedes de olhos fechados
1 de 1 Paulo guedes de olhos fechados - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que está exercendo interinamente a Presidência da República, disse nesta segunda-feira (20/9) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, desistiu de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar de temas em andamento na pasta.

“O ministro Paulo Guedes, que estava previsto para ir, ele não viajou exatamente para trabalhar nesse assuntos da Economia aí que tão sendo negociados”, declarou Mourão a jornalistas, ao chegar a seu gabinete nesta manhã. O general não detalhou quais seriam essas pautas.

A presença do ministro da Economia estava prevista na comitiva presidencial para Nova York, mas Guedes acabou desistindo da viagem e ficou em Brasília.

Segundo interlocutores de Guedes, o ministro está trabalhando nas negociações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que envolvem o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Também está negociando a reforma do Imposto de Renda, cuja economia se traduz em uma das fontes para o novo Bolsa Família.

Segundo Mourão, antes de viajar aos Estados Unidos no domingo (19/9), Bolsonaro relatou preocupação com os níveis de desemprego no país. A declaração ocorreu após o general ser questionado acerca do aumento temporário do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) para bancar a inclusão de novas famílias no Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família.

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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes

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O vice-presidente disse que o aumento nas alíquotas visam “dar uma folga nas manobras que estão sendo feitas”. O ajuste começa a valer a partir desta segunda-feira e é válido até dezembro de 2021.

“O que eu pude entender é que, até o fim do ano, a arrecadação não é tão expressiva assim, né? R$ 2 bilhões. Vão dar alguma folga nas manobras que tão sendo feitas, até porque, como o presidente falou antes de embarcar, nós continuamos ainda com muita gente desempregada, muita gente sem perspectiva e compete ao governo auxiliar esse povo”, pontuou.

Mourão também foi questionado sobre o discurso que o presidente Bolsonaro fará na abertura da assembleia da ONU, na manhã de terça-feira, e sobre a inclusão de temas ambientais.

De acordo com o general, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, o tema deverá ser “um dos pontos fortes” da manifestação. Ao longo desta segunda-feira, o discurso ainda passará por ajustes, segundo o vice.

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