Guedes diz que coronavírus não pode “desorganizar” economia
Segundo o ministro da Economia, R$ 700 bilhões serão injetados na economia brasileira em três meses, e é preciso evitar o “colapso”
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou, nesta sexta-feira (27/03), os impactos que a pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, terá no Brasil. O chefe da equipe econômica está pessimista com os efeitos da emergência de saúde. Para ele, o país atravessará uma “crise econômica como nunca sofremos”.
Segundo Guedes, R$ 700 bilhões serão injetados na economia brasileira em três meses. As declarações foram dadas em um pronunciamento gravado e divulgado pelo Ministério da Economia.
“Esse dinheiro vai entrar na economia para nos proteger desse choque que está se abatendo sobre o povo brasileiro”, afirmou, no Rio de Janeiro.
Guedes corroborou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende medidas de isolamento menos duras para comprometer a economia.
“Precisamos impedir a desorganização da economia brasileira e uma crise de abastecimento no Brasil. Temos que continuar resistindo com a nossa produção econômica. Senão, vamos ter aquele fenômeno que todo mundo vai estar com os recursos, mas as prateleiras estarão vazias, porque deixamos a economia entrar em colapso”, destacou.
O ministro da Economia disse que a crise será superada com a “união de esforços” do governo, do Congresso, dos empresários e do povo brasileiro.
#SAÚDEECONÔMICA | “A determinação do presidente @jairbolsonaro é que não faltem recursos para defender vidas, saúde e empregos dos brasileiros. Nós vamos cuidar de todos e começamos protegendo os mais vulneráveis”. Ministro Paulo Guedes.#planoemergencial https://t.co/6rTTt7NVFS
— Ministério da Economia (@MinEconomia) March 27, 2020
“Estamos seguros que vamos atravessar essas duas ondas, uma de saúde pública e outra de desafio econômico. Juntos vamos superar isso”, concluiu.
Guedes citou ações do Executivo federal que estariam ajudando a controlar os impactos da pandemia.
Ele destacou a antecipação de benefícios de aposentados e pensionistas, a inclusão de mais de um milhão de pessoas no Bolsa Família, o auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais (aprovado na Câmara, mas ainda não votado no Senado nem sancionado pelo presidente), além de ações para empresas.
“O vírus é uma ameaça a nossas vidas e saúde. Uma enorme ameaça para os empregos. Mas não vão faltar recursos para defender as vidas, a saúde e os empregos”, frisou.