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Guedes defende permanência de estados e municípios na Previdência

O ministro da Economia afirmou, contudo, que é uma escolha do Congresso Nacional: “Quem decide isso são os senhores e é uma decisão importante”, destacou

atualizado

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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1 de 1 Guedes-na-Câmara - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na noite desta terça-feira (04/06/2019) que estados e municípios fiquem no projeto da reforma da Previdência. Entretanto, ressaltou que a decisão final é política e cabe ao Congresso Nacional.

“É terrível para eles ficarem de fora. Vai faltar dinheiro e vai voltar pra União. O brasileiro é solidário e vai acabar indo lá para ajudar”, disse. A maneira como estados e municípios serão incluídos nas mudanças nas regras de aposentadoria ainda estão sendo estudadas pelo relator da proposta na comissão especial instalada na Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP).

“Como um republicano, pensando no Brasil, acho que os estados e municípios deveriam estar no mesmo bolo. Deveria estar todo mundo junto. Mas tem as circunstâncias, tem gente que precisa da reforma, vai se beneficiar, mas quer que os outros façam”, pontuou.

Apesar de reconhecer a importância para os cofres públicos da permanência dos estados e municípios na proposta, Guedes disse que não tem o poder de “colocar alguém na Previdência” e quem decidirá será o Parlamento.

“Se alguém demagogicamente está indo contra e provoca uma reação do outro lado, isso é o jogo político. Nós não temos o poder de colocar alguém na Previdência. Quem decide isso são os senhores e é uma decisão importante”, destacou o ministro.

Orçamento
O titular da Economia lembrou ainda que alguns estados já atingiram 70% de todas as despesas e, se o cenário não for revertido, faltará dinheiro para saúde, educação e saneamento.

“A máquina não está processando bem estes recursos, está destruindo esses recursos. Não vai conseguir pagar nem o funcionalismo nem as aposentadorias. Não é uma reforma que a gente goste de fazer, é que não há alternativa”, finalizou.

O ministro participou de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Ele foi convocado pelo colegiado para prestar esclarecimentos sobre a reforma da Previdência.

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