Grupos no Telegram apoiam ataques terroristas: “Aqui é o Brasil conservador”
Grupos com membros terroristas no Telegram exaltam ataques contra os Três Poderes realizado no domingo (8/1) em Brasília
atualizado
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Em grupos públicos do Telegram, terroristas divulgam imagens e vídeos exaltando os ataques contra a democracia deste domingo (8/1) que levaram à depredação das sedes dos Três Poderes: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Grupos identificados como “Sparta News” (3.148 membros), “Intervenção Pátria Amada” (1.822 membros), “A queda da Babilônia” (35.319 membros); “Dr. Marcelo Frazão” (21.999 membros) e “Nós somos o Brasil” (2.425 membros) são apenas alguns deles e já reúnem mais de 60 mil pessoas em ambientes que apoiam os atos golpistas ou divulgam versões fantasiosas sobre eles, como terem sido feito por supostos infiltrados de esquerda.
Os membros dos grupos usam termos como “tomamos de assalto”, “aqui é o Brasil conservador”, além de referências chulas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Uma das figuras exaltadas por um dos grupos é a extremista Ana Priscila Azevedo. Ela administra o grupo “A queda da Babilônia” e também era apontada como uma suposta funcionária do banco Bradesco. A assessoria de imprensa do Bradesco informou ao Metrópoles que Ana Priscila Azevedo não é funcionária da organização.
“Chora pelegada, chora. O choro é livre! Aqui é Brasil conservador, porra. Enfiem esse STF no rabo. Estamos vomitando essa fraude na cara de vocês! Estamos loucos para ver a justiça militar da União entrar em ação fuder com vocês até os dentes”, diz uma publicação do grupo “A queda da Babilônia” sobre a destruição dos órgãos públicos.
O Metrópoles entrou em contato com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre o possível envolvimento de funcionários de outras instituições financeiras em atos golpistas e qual seria o procedimento interno que deveria ser adotado pelos bancos como demissões e denúncias. Ainda não houve uma resposta.
O site também tentou a assessoria de imprensa do Telegram para questionar grupos extremistas nas plataformas e se há algum monitoramento dessas células terroristas, mas o assessoria não foi encontrada.
De acordo com a Polícia Federal (PF) já foram realizadas cerca de 1.200 prisões relacionadas ao ato terrorista.
Imagens de grupos com apoio ao terrorismo