Grupo liderado por Crivella aproveitou crise para cobrar propina, diz MP
Político foi preso e afastado do cargo nessa terça-feira (22/12) durante operação que investiga um suposto “QG da Propina” na prefeitura
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou que a Prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por Marcelo Crivella (Republicanos), aproveitou a crise financeira da gestão para cobrar proprina de empresários de serviços não essenciais para ter prioridade no pagamento.
Marcelo Crivella foi preso e afastado do cargo nessa terça-feira (22/12) durante operação do órgão em conjunto com a Polícia Civil que investiga um suposto “QG da Propina” na prefeitura.
“A partir de 2017, especialmente em 2018, a Prefeitura do Rio enfrentou uma crise muito aguda, que foi lida como ‘oportunidade’ de receber valores espúrios. A partir do momento em que tinha, supondo, R$ 100 milhões para pagar e só R$ 70 milhões no caixa, criava-se a necessidade de escolher a quem pagar. Empresários que faziam serviços não essenciais recebiam os pagamentos mesmo nos momentos de crise e isso acontecia justamente por conta do pagamento de propina”, afirmou Greco.
Apesar da “situação de penúria” da administração municipal, como disse o subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins, o esquema movimentou ao menos R$ 50 milhões.
Ao ser preso na manhã de terça-feira, Marcelo Crivella afirmou que há uma “perseguição política” e disse confiar na Justiça.
“Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do Carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse.
Crivella foi preso em casa, na Barra da Tijuca, durante operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Além dele, outras seis pessoas tiveram a prisão decretada.