Grupo faz pressão por impeachment na porta da casa de Renan Calheiros
Manifestantes favoráveis ao afastamento de Dilma Rousseff cobram do presidente do Senado agilidade na tramitação do processo
atualizado
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A pressão para que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dê prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff começou cedo nesta segunda-feira (18/4). Cerca de 10 horas depois de a Câmara dos Deputados aprovar o afastamento da petista por 367 votos a 137, o Movimento Acabou a Boquinha, favorável ao impeachment, estacionou um carro de som em frente à residência oficial do Senado, cobrando agilidade na tramitação da ação.
O grupo pretende fazer barulho em frente à casa de Calheiros até que o peemedebista coloque o impeachment em votação no Senado. Carlos Lacerda, líder do movimento, afirmou que espera receber mais de 100 pessoas por dia no local ao longo desta semana. “Temos que dar o nosso recado, o processo não acabou na Câmara. Um governo que é derrotado por 367 votos não tem condições de continuar no comando”, disse Lacerda ao Metrópoles.“Confiamos no senhor e no trabalho de todos os senadores. A Câmara já deu o seu recado, então não há como questionar a legitimidade do processo. Golpe foi o que o governo fez com os trabalhadores”, gritou do carro de som.
Votação no Senado
Após o fim da tramitação na Câmara, o resultado da votação de domingo (17) precisa ser lido no plenário do Senado para que seja instalada uma nova comissão antes da votação em plenário. A expectativa é de que os senadores votem a abertura do processo no início de maio.
Caso os senadores da Casa aceitem a denúncia, Dilma será afastada por 180 dias. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo nesse período. É necessária maioria simples em uma sessão com, no mínimo, 41 parlamentares.
Passado esse tempo, há um julgamento final no Senado. Nesse caso, são necessários dois terços dos senadores, ou seja, 54, para que Dilma perca o cargo definitivamente.