Grupo de Bolsonaro propõe barrar migrantes por razões ideológicas
Até agora, presidenciável, ainda hospitalizado, não chancelou o documento elaborado pelo grupo
atualizado
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O grupo que dá suporte à campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência elaborou um documento – a pedido do presidenciável – em que defende uma “política restritiva” de acesso de migrantes oriundos de países que “não compactuam com ideais da nação”. As informações são da página do jornal O Globo na internet.
Adotada a proposta, em caso de vitória de Bolsonaro, o Brasil passaria a barrar a entrada, por exemplo, de venezuelanos, por razões ideológicas. O regime imposto pelo presidente Nicolás Maduro é combatido por Bolsonaro e por todo o seu entorno, em razão do viés tido como socialista.
A proposta que consta no documento não foi incluída no programa de governo de Bolsonaro protocolado em agosto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento estabelece ainda a necessidade de que se impeçam “relações políticas, econômicas e diplomáticas por razões ideológicas”, com citação expressa a Venezuela, Cuba e Nicarágua. Até agora, Bolsonaro não chancelou o documento elaborado pelo grupo. O atentado que sofreu no último dia 6, quando fazia campanha nas ruas de Juiz de Fora (MG), atrasou uma eventual chancela.
O material com uma lista de propostas, nas mais distintas áreas, foi concluído e encaminhado a Bolsonaro em agosto. É tratado como a base de um eventual governo do capitão da reserva, caso ele seja eleito. A grande maioria das propostas – a cargo de generais da reserva do Exército e de especialistas de distintas áreas, que se reúnem periodicamente em Brasília – acabou fora do programa de governo protocolado no TSE. Este plano acabou sendo apenas um compilado de ideias genéricas.