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Greenpeace assume falsa bomba que interrompeu debate sobre agrotóxicos

Mala, na verdade, era apenas um alarme de moto. Comissão discute regulação e controle do uso de agrotóxicos no país

atualizado

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Paola Carosella visita o gabinete do senador Cássio Cunha Lima para discutir o PL 34/2015
1 de 1 Paola Carosella visita o gabinete do senador Cássio Cunha Lima para discutir o PL 34/2015 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Greenpeace assumiu a autoria do protesto que interrompeu a reunião da última quarta-feira (20/6) da comissão sobre regulação e controle do uso de agrotóxicos no país. De acordo com a organização ambientalista, a mala suspeita de guardar uma bomba era, na verdade, um alarme de moto.

Por volta das 10h30, no início da reunião, o equipamento sonoro entrou em funcionamento. Os deputados da comissão iriam discutir o Projeto de Lei 6.299/2002, chamado pelo Greenpeace de “PL do Veneno”.

“O alarme estava inserido em uma pasta e não representava risco algum para a segurança dos presentes. Qualquer outra interpretação é uma tentativa mal intencionada de desviar a atenção da real ameaça em questão: a liberação de mais veneno na comida dos brasileiros”, diz o Greenpeace, em nota.

Entre as mudanças discutidas na comissão está a adoção de uma nova nomenclatura para os agrotóxicos. O texto original do projeto prevê que o termo “produto fitossanitário” comece a ser usado para denominar os produtos químicos usados na agricultura. Agora, com mudanças negociadas pelos parlamentares, ao invés de “produto fitossanitário”, os agrotóxicos serão chamados de “pesticidas”.

Com o início da ordem do dia no plenário da Câmara, a discussão sobre o “PL do Veneno” do  foi adiada para a semana que vem.

Leia a íntegra da nota:

“Na manhã desta quarta-feira, o Greenpeace disparou um alarme de moto momentos antes do início da sessão da Comissão Especial que analisa do PL do Veneno, na Câmara dos Deputados. O protesto teve como objetivo chamar a atenção para os riscos da aprovação do projeto, que libera ainda mais agrotóxicos no Brasil.

Após o disparo do alarme, o equipamento foi retirado do local e a sessão seguiu por cerca de uma hora até ser suspensa devido ao início da ordem do dia no Plenário da casa. O alarme estava inserido em uma pasta e não representava risco algum para a segurança dos presentes. Qualquer outra interpretação é uma tentativa mal intencionada de desviar a atenção da real ameaça em questão: a liberação de mais veneno na comida dos brasileiros.

A não-violência é um princípio fundamental do Greenpeace, que realiza, em todo o mundo, atividades pacíficas para defender o meio ambiente.

A luta contra o absurdo Pacote do Veneno é fundamental para impedir que ainda mais veneno seja colocado em nosso prato. Diversos órgãos já declararam que as consequências do Pacote do Veneno seriam catastróficas para a saúde e o meio ambiente: Ministério Público Federal, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Instituto Nacional do Câncer, Ministério Público do Trabalho, Anvisa, Ibama, Abrasco, Ministério da Saúde e Conselho Nacional dos Direitos Humanos, entre outros.

Seguiremos mobilizados para impedir que deputados aprovem esta lei absurda que vai contra o interesse do povo brasileiro.”

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