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Greenfield pede condenação da mãe de Geddel e Lúcio Vieira Lima

Acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa, ela era responsável por guardar e gerir os recursos ilícitos da família

atualizado

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Leonardo Benassatto/ Estadão Conteúdo
23ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO EM SP.
1 de 1 23ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO EM SP. - Foto: Leonardo Benassatto/ Estadão Conteúdo

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) julga os crimes e estabelece uma pena para o ex-ministro Geddel Vieira Lima, a força-tarefa Greenfield protocolou, nessa segunda-feira (21/10/2019), as alegações finais no processo que investiga a participação de Marluce Vieira Lima, mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima. Ela é acusada de ter atuação proeminente no controle das finanças ilegais da família.

Marluce seria responsável por gerir, guardar e determinar a saída e inserção, no mercado formal, dos recursos ilícitos captados pelos filhos. Entre os recursos administrados por ela, estão os R$ 51 milhões apreendidos em dinheiro vivo, em um apartamento vazio de Salvador (BA). O Ministério Público Federal (MPF) pede a aplicação de pena de, no mínimo, 92 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Os crimes têm relação com propinas recebidas em operações de financiamentos e empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF), investigadas pelas operações “Cui Bono?” e “Sépsis”. As movimentações aconteceram no período em que Geddel estava na vice-presidência de Pessoas Jurídicas do banco e o recebimento da propina, no valor de quase R$20 milhões, foi intermediado pelo colaborador Lúcio Funaro. Também houve recebimento, em espécie, de vantagem indevida de quase R$4 milhões do Grupo Odebrecht pelos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima. O esquema contava ainda com a retenção de parte dos salários pagos a secretários parlamentares lotados nos gabinetes dos irmãos Vieira Lima.

A força-tarefa concluiu que Marluce, apesar da idade avançada, tinha papel relevante na associação criminosa. Os procuradores sustentam que, além de ceder a sua residência para a ocultação de milhões de reais e de dólares – em caixas e malas – a acusada recolhia propina em sua casa, dava ordens de como utilizá-las e a quem entregá-las. Os valores eram armazenados no closet do apartamento em que morava e, posteriormente, enviado ao apartamento em que foram achados os R$ 51 milhões. Marluce também constituiu empresas – junto com os filhos – e as administrava e tomava decisões financeiras. Ela combinava a forma de aportar os recursos ilícitos com o sócio da COSBAT e ainda chegou a ordenar que destruíssem documentos relacionados a sua atuação ilícita.

Sobre o caso, a força-tarefa Greenfield destacou: “Trata-se da maior apreensão em dinheiro vivo da história do Brasil, cuja fotografia de caixas e malas de dinheiro estampa, no cenário nacional, a face visível da corrupção praticada contra os cofres públicos”.

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