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Governo vai oferecer rede privativa de 5G para outros Poderes, diz ministro

Setor poderá contemplar também o Legislativo, Judiciário e a PGR. Ministro das Comunicações sai em missão internacional nesta terça

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1 de 1 02_02_2021_12_40_27 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse nesta terça-feira (2/2) que outros Poderes poderão aderir à rede privativa de alta segurança e criptografada, prevista na portaria com as normas para a realização do leilão do 5G, a quinta geração de comunicação móvel.

A rede privativa para a comunicação dos órgãos da administração pública federal está entre as diretrizes para o edital do leilão das frequências do 5G, segundo portaria publicada na semana passada. A previsão é de que o leilão seja realizado no fim do primeiro semestre de 2021.

Ao comentar o início da análise do edital do leilão pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Faria disse que a rede poderá contemplar também os Poderes Legislativo, Judiciário e a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Ontem foram votados alguns pontos importantes: o primeiro deles é a criação de um pequeno box, que dentro dele vai conter toda a administração pública, Forças Armadas e nós também iremos oferecer a outros Poderes que queiram aderir, como o Poder Legislativo, Poder Judiciário, a Procuradoria-Geral da República”, afirmou em pronunciamento à imprensa, no Palácio do Planalto.

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A tecnologia 5G promete revolucionar o mercado
Maquete 3D do laboratório 5G do Biotic
Leilão do 5G está previsto para o primeiro semestre de 2021
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Ministro das Comunicações, Fábio Faria

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A tecnologia 5G promete revolucionar o mercado

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Leilão do 5G está previsto para o primeiro semestre de 2021

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Operação da rede privativa

A rede privativa deverá ter requisitos de governança corporativa e, segundo o ministro, o operador será escolhido com base em critérios técnicos e preço.

“A escolha do operador da rede privativa será feita com base em critérios técnicos e preço. Se houve necessidade, nós, governo federal, faremos até alteração no decreto, porque quem vai administrar e quem vai operar pode ser uma rede privada, que atenda todos os requisitos, que nós colocamos no decreto que foi votado na Anatel (…) ou até mesmo, em última análise, possa ser feito até pela Telebras.”

Caso o operador escolhido seja uma empresa privada, o ministro afirmou que será necessário uma modificação no decreto de 2018, sobre políticas públicas de telecomunicações, que estabelece que a Telebras é quem faz a rede segura do governo.

Segundo o decreto, a Telebras é a responsável por manter e operar a infraestrutura e as redes de suporte de serviços de telecomunicações de propriedade ou posse da administração pública federal.

Entre as obrigações para o leilão do 5G, estão o Norte conectado, a construção da rede privativa, 4G para as localidades acima de 600 habitantes, fibra ótica para municípios sem acesso e priorização de redes móveis nas rodovias federais.

Missão internacional 

O ministro vai viajar nos próximos dias por cinco países que detêm capacidade tecnológica em 5G. O objetivo da missão internacional é colher percepções e subsídios de modelos internacionais para aprimorar o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil.

Os países pelos quais o ministro passará serão Suécia, Finlândia, Coréia do Sul, Japão e China. Serão visitadas instalações de acesso reservado, com demonstrações de aplicações civis e militares do 5G, e laboratórios de segurança cibernética.

Vão com o ministro representantes dos Ministério da Defesa e das Relações Exteriores. Compõem ainda a comitiva o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, almirante de esquadra Flávio Rocha; e os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, Vital do Rêgo e Walton Alencar.

Após análise pela Anatel, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem o prazo de 150 dias para apreciar o processo do leilão do 5G e retornar à Anatel. De acordo com Fábio Faria, ministros da Corte de Contas podem reduzir a análise para 60 dias a fim de adiantar o processo do leilão do 5G.

“O TCU me adiantou que nós poderíamos reduzir de 150 dias para 60 dias. Com isso, economizaríamos aí 90 dias para adiantarmos o processo do leilão do 5G”, informou Faria.

Guerra comercial

O 5G é uma internet móvel, de quinta geração, que trará velocidades ainda maiores e “conversa” entre equipamentos de comunicação. A implementação da nova rede se tornou uma disputa entre os Estados Unidos e a China, no contexto da guerra comercial entre as duas potências.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump chegou a impor restrições à empresa chinesa Huawei, que fornece tecnologia 5G, e disse que a companhia é uma “espiã”.

No ato publicado na semana passada, o governo federal não impôs qualquer tipo de restrição à participação da empresa chinesa ou de qualquer outra empresa de infraestrutura e tecnologia.

 

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