metropoles.com

Governo vai levar à CGU caso envolvendo Abin e rastreio de celulares

Na gestão Bolsonaro, a Abin teria usado programa secreto para monitorar localização de pessoas por meio do celular

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Antonio Cruz/Agência Brasil
Em imagem colorida, a fachada da sede da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília
1 de 1 Em imagem colorida, a fachada da sede da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, nesta terça-feira (14/3), que a investigação sobre o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento de celulares será levada à Controladoria-Geral da União (CGU) e aos órgãos de Justiça para as “providências cabíveis” e devida responsabilização dos envolvidos.

“Sob nova direção, toda lei será respeitada no trabalho da Abin. E se algo foi feito no passado, no outro governo que não tem conformidade com a lei, isso será levado a quem é responsável, à CGU, aos órgãos de Justiça para que as providências cabíveis e a responsabilização devida sejam feitas a quem praticou esses atos no passado”, disse Costa, em entrevista à imprensa após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros da área social.

“A orientação do presidente é não ficar fazendo plataforma em cima disso, gastando energia em cima disso. Todos os erros e problemas que nós estamos encontrando, o que a gente faz é mandar para os órgãos competentes, a quem cabe fazer as correções”, prosseguiu Costa.

O jornal O Globo revelou nesta terça que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a Abin operou um sistema de monitoramento em massa de celulares que permitia acompanhar, sem autorização, a localização de até 10 mil pessoas em todo o território nacional.

Na época, a agência de inteligência, dirigida por Alexandre Ramagem, ainda estava vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), este chefiado pelo general Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Bolsonaro. A agência foi para o guarda-chuva da Casa Civil no início de março deste ano.

O pensamento de tirar a Abin do GSI e levar para a Casa Civil vinha sendo construído desde a transição, com o objetivo de “desmilitarizar” o órgão. Depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, a pressão nesse intuito aumentou.

Novas indicações

A nova gestão indicou para o comando da Abin Luiz Fernando Corrêa, ex-diretor-geral da Polícia Federal durante o segundo mandato de Lula.

“O nome para a Abin já foi indicado ao Senado, ainda não foi aprovado. Assim que tivermos a nova direção da Abin, nós vamos reformular”, reforçou o ministro da Casa Civil. A indicação precisa passar pela sabatina do Senado, ainda sem data para ocorrer.

Enquanto isso, houve uma alteração imediata no cargo de diretor adjunto: saiu Saulo Moura da Cunha e entrou Alessandro Moretti.

“O que será feito na Abin agora é mudança de pessoas e métodos para alinhamento”, finalizou Costa.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?