Governo tira ex-assessor de Carlos Bolsonaro e nomeia coronel para Funarte
Lamartine Barbosa Holanda, que assume a pasta, tem experiência em logística e já presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Albânia
atualizado
Compartilhar notícia
O governo federal trocou o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Luciano da Silva Querido, que já foi auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro (sem partido). Quem assume no lugar de Querido é o coronel da reserva do Exército Lamartine Barbosa Holanda. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (14/9).
Lamartine tem experiência em logística e já presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Albânia. O coronel é especialista em planejamento de ação estratégica, preparação de recursos humanos e coordenação de processos empresariais. Também concluiu curso de roteirista na Escola de Cinema de São Paulo.
O antecessor do militar, Luciano Querido, não tinha formação nem experiência voltada para a área cultural. Ele vinha ocupando de forma interina, desde 7 de maio, a presidência da fundação. No currículo publicado numa rede social, o ex-assessor de Carlos diz que a função era cuidar de “toda a parte de informática, como designer gráfico, web designer, banco de dados e mídias sociais” do gabinete.
Em abril, Querido já ocupava um cargo comissionado na Funarte, como diretor do Centro de Programas Integrados da entidade. Ele havia sido nomeado para a diretoria executiva do órgão no mesmo dia em que Dante Montovani foi reconduzido para a presidência da Funarte, ato que acabou anulado por Bolsonaro.
Mantovani foi afastado logo após a posse de Regina Duarte. Ele chocou o mundo artístico e a opinião pública ao declarar que “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa o aborto, que ativa o satanismo”.
Mantovani entrou na Funarte na gestão de Roberto Alvim, demitido da Cultura por manifestações de cunho nazista.