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“Governo tem que entender: está nas mãos do Centrão”, diz líder do PSL

Com cerca de 330 votos, grupo de siglas é tido como fiel da balança para qualquer votação na Câmara, especialmente a reforma da Previdência

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Sessão do congresso Nacional 30 anos da constituição. Brasília(DF), 06/11/2018
1 de 1 Sessão do congresso Nacional 30 anos da constituição. Brasília(DF), 06/11/2018 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A ascensão do deputado Marcelo Ramos (PR-AM) ao cargo de presidente da comissão especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência deixou claro que o governo, que se manteve arredio ao diálogo com o Congresso desde o início do mandato de Jair Bolsonaro (PSL), está nas mãos do Centrão.

O grupo de partidos não existe formalmente, mas se une no comportamento político e nas posições contra ou a favor do governo, a depender do tratamento recebido. É formado por PP, DEM, PR, MDB, PSD, PRB, Pros, PODE, PTB, SD, PSC e PHS. Com cerca de 330 votos, esse conjunto de siglas é considerado o fiel da balança para qualquer votação na Câmara.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, fala abertamente sobre a dependência. “O governo está e sempre estará nas mãos do Centrão. Eles tem 330 votos”, sintetizou.

“Cabe agora ao governo entender. Se não entender, alguém vai ter que desenhar”, disse o deputado, referindo-se ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), responsável pela articulação do Planalto com o Congresso Nacional.

A postura de Ramos, embora de defesa da reforma, é crítica em relação ao governo. Ele não esconde sua “antipatia” pela atual gestão federal.

A minha antipatia pelo governo é menor do que a minha responsabilidade com a reforma. Não vou deixar milhões de brasileiros em necessidade. Todos sabem que eu não tenho simpatia por este governo. Basta ver meu posicionamento

Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da comissão especial da reforma da Previdência

Mesmo assim, para o líder do PSL, a indicação de Ramos para presidir o colegiado que avaliará a principal proposta do governo Bolsonaro na área econômica foi acertada. “Ele foi a melhor escolha. É um parlamentar da confiança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia [DEM-RJ]”, destacou Delegado Waldir.

“Se hoje a visão dele [do governo] é crítica, cabe ao governo reverter isso através do diálogo. Não só com ele, mas também com um monte de deputados que estão insatisfeitos”, disse o peesselista.

Para isso, segundo o líder do partido do presidente da República, é preciso entender que na aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça, o Centrão demonstrou que há um terreno fértil para que o governo comece a formar sua base. “O Parlamento deu um grande sinal, cabe ao governo entender”, enfatizou Waldir.

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