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Governo reestrutura Conselho do Meio Ambiente, alvo de Bolsonaro

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) foi enfraquecido na gestão Bolsonaro, com redução no número de membros

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Marina Silva
1 de 1 Marina Silva - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou, nesta sexta-feira (17/2), no Diário Oficial da União (DOU), um decreto que reestrutura o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão que foi alvo da gestão Jair Bolsonaro (PL).

Conama é um colegiado consultivo e deliberativo, criado em 1981, para debater, em conjunto, soluções ligadas a questões ambientais.

O conselho será presidido pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva e terá João Paulo Capobianco como secretário-executivo. Além deles, haverá mais de uma centena de membros.

Durante seu mandato, Bolsonaro reduziu o número de representes da sociedade civil e, assim, diminuiu a participação popular no órgão.

Também farão parte do conselho:

  • um representante do Ibama;
  • um representante do Instituto Chico Mendes;
  • um representante do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • um representante da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
  • um representante de cada um dos 37 ministérios;
  • um representante de cada um dos comandos do Ministério da Defesa (Marinha, Exército e Aeronáutica);
  • um representante de cada um dos governos estaduais e do Distrito Federal, indicados pelos respectivos governadores;
  • oito representantes dos governos municipais que possuam órgão ambiental estruturado e conselho de meio ambiente com caráter deliberativo;
  • 22 representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil;
  • oito representantes de entidades empresariais; e
  • um membro honorário indicado pelo Plenário.

Além deles, integram também o plenário do Conama, na condição de conselheiros convidados, sem direito a voto:

  • um representante do Ministério Público Federal (MPF);
  • um representante dos ministérios públicos estaduais, indicado pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG);
  • um representante da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados; e
  • um representante da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal.

Em sua posse, em janeiro, ao anunciar que iria revisar a estrutura do conselho, a ministra disse que a mudança ocorre para “eliminar os retrocessos”. “A participação social na pauta ambiental foi destruída durante o governo anterior“, afirmou Marina na ocasião.

Lula havia estabelecido o prazo de 45 dias para essa reestruturação ser iniciada.

O que aconteceu com Bolsonaro

Quando Bolsonaro assumiu, eram 93 conselheiros. No início de 2019, ele reduziu o número total de integrantes para 23, e a sociedade civil passou a ter apenas quatro cadeiras.

Em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o decreto que alterava a composição do Conama, e o governo federal publicou novo decreto para mudar o número de cadeiras destinadas a representantes de entidades ambientalistas e do setor privado no conselho. O número total de membros do órgão passou, então, de 23 para 36.

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