metropoles.com

Governo recua e diz que apoio à reforma não é condição para recursos

Após declaração de Marun, vice-líder do governo afirma que não existe “condicionamento” para liberação de verbas a prefeitos e governadores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Estadão
beto mansur
1 de 1 beto mansur - Foto: Estadão

Horas depois de o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitir que o Palácio do Planalto está pressionando governadores e prefeitos a trabalhar pela reforma da Previdência em troca da liberação de recursos e financiamento de bancos públicos, coube ao vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), suavizar o discurso. “Nós não vamos fazer condicionamento, isso não tem nenhum cabimento”, declarou Mansur na tarde desta terça-feira (26/12).

O deputado passou pelo Palácio do Planalto nesta tarde e confirmou aos jornalistas que o governo federal está “conversando” intensamente com governadores e prefeitos em busca de votos a favor da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). “Se governadores e prefeitos não fizerem nada, a reforma que for aprovada na Câmara e no Senado vai valer em seis meses para Estados e municípios”, lembrou. Mansur disse que a “pressão” é uma posição do ministro e que ele pessoalmente vai trabalhar no “convencimento” dos parlamentares.

O vice-líder disse que a campanha publicitária em defesa da reforma vai se intensificar nas próximas semanas no rádio e na TV, mantendo o mote do fim dos privilégios. No campo da negociação com parlamentares, Mansur explicou que a estratégia é retomar a contagem diária de votos, ouvindo os “anseios” e as pendências (pagamento de emendas e cargos) das bancadas, conversando individualmente com os deputados e tentando ganhar o voto dos indecisos. O foco, segundo Mansur, será convencer os partidos aliados, como PR e PSD, a fecharem questão – mecanismo onde os deputados são obrigados a seguir a orientação partidária na votação, sob risco de punição aos desobedientes.

De acordo com o vice-líder, o governo tinha 267 votos antes do início do recesso. Ele vê espaço para que o governo alcance em 45 dias os 308 votos necessários para aprovar a PEC. “É sempre bom manter o contato (direto) com o parlamentar”, afirmou.

Em entrevista, Mansur defendeu que o texto final do relator Arthur Maia (PPS-BA) seja apresentado na véspera da votação, marcada para começar no dia 19 de fevereiro. Sobre a abertura de mais espaço para os aliados na Esplanada dos Ministérios, Mansur desconversou sobre a realização de novas mudanças na equipe do presidente Michel Temer e disse que o maior problema no governo era o PSDB (que não entregava votos suficientes a favor do governo, mas ocupava quatro ministérios). Hoje os tucanos só têm o Ministério das Relações Exteriores. “A minirreforma (ministerial) já foi feita”, concluiu Mansur.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?