Governo quer concluir votação da reforma nesta semana, diz Joice
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou sessão para retomar análise do texto-base, mas ainda não apareceu na Casa
atualizado
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A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), disse nesta quinta-feira (11/07/2019) que o Executivo ainda trabalha para concluir a votação da reforma da Previdência nesta semana.
“Queremos liquidar essa fatura. Se precisar, vamos até sábado. Mas se ficar até semana que vem, não acredito que parlamentares deixariam de vir e votar”, comentou Hasselmann.
A deputada foi questionada sobre o calendário da tramitação, após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcar uma sessão para esta manhã, a fim de dar continuidade na análise de destaques, mas não ter chegado à Casa até por volta de 12h30.
Lideranças partidárias cobram por uma resposta quanto ao cronograma de trabalhos do plenário, pois precisam agendar passagens aéreas para retornar às bases eleitorais.
Segundo a líder, na noite dessa quarta-feira (10/07/2019), houve uma reunião na residência oficial para “aparar as arestas”. Isso porque o governo e Rodrigo Maia querem retirar alguns destaques. Dos 16 textos apresentados, Joice acha quatro “perigosos”. Como é o caso da matéria do PDT, que mexe nas regras de transição dos professores.
“A gente trabalha para votar esta semana. Arestas estão sendo aparadas, queremos retirar alguns destaques para facilitar. Essa pausa que foi dada foi para organizar e tentar acelerar”, explicou.
O deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) afirmou nesta quinta-feira (11/07/2019) que “quanto mais o tempo passa, melhor fica para a oposição”. Ele se refere à pausa na força-tarefa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para acelerar o processo de votação da reforma da Previdência.
Segundo o congressista, mesmo que Maia deixe a análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 para sábado (13/07/2019), o grupo vai ficar. Sobretudo porque os oposicionistas estão confiantes quanto à dois destaques próprios.
É o caso dos textos que altera a pensão por morte para beneficiários que têm duas fontes de renda e que muda as regras de aposentadoria para professores. “Certamente eles estão tentando alinhar pontos sensíveis. Quem vai ter coragem de mexer com as viúvas e com os professores?”, disse.