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Governo nomeia suspeita de “farra das passagens” secretária do paradesporto

Marcela Parsons acompanhou o marido, Andrew Parsons, em viagens para o exterior bancadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro

atualizado

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O governo nomeou Marcela Frias Pimentel Parsons para exercer o cargo de Secretária Nacional de Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte, cujo salário é mais de R$ 16 mil.

Marcela é esposa de Andrew Parsons, então presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) durante a realização dos jogos em 2016, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de usar dinheiro público da Lei Agnelo/Piva para pagar viagens de luxo para ele e Marcela, que o acompanhava em deslocamentos internacionais como representante do CPB.

Segundo denúncia publicada pelo Uol em 2017, a nova secretária seria falsamente apresentada em ofícios como funcionária do comitê, no cargo de coordenadora. Assim, teria direito a passagens aéreas em classe executiva e reembolso de diárias. A farra das viagens teria ocorrido no período que antecedeu os Jogos Paralímpicos de 2016.

Levantamento obtido pelo Uol com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) perante o Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que a corte cobra R$ 2,2 milhões do Andrew Parsons e outras pessoas relacionadas ao comitê paralímpico.

Cada viagem do casal Parsons custava entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, com direito a passagens em classe executiva, aluguel de carros e hospedagem em hotéis de luxo. Conforme o levantamento do portal de notícias, Marcela acompanhou o marido com tudo pago em viagens para a Grécia, Japão e para os Jogos Parapanamericanos, no Canadá, ocasião em que quase cem convidados viajaram por conta da entidade.

À época das denúncias, o CPB negou irregularidades e disse que gastos foram em interesse do esporte paralímpico. Parsons também alegou que “As viagens realizadas tiveram fins institucionais e de representação e estão dentro do ideário preconizado pelo Comitê Paralímpico Internacional da “Família Paralímpica”.

Leia nota enviada pelo Ministério da Cidadania

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a exclusão de Marcela Parsons do polo passivo do processo. Portanto, ela não é suspeita e não responde ao processo citado.
 
Marcela Parsons acompanhou o marido, Andrew Parsons, então presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em três viagens oficiais em 2015, respeitando a resolução DIREX-CPB n°. 04-2009, que permitia expressamente a emissão de passagens e o pagamento de diárias para acompanhantes do presidente ou vice-presidentes da instituição, diretriz chancelada pelo TCU até 2016.
 
 Também vale informar que Marcela Parsons nunca foi falsamente apresentada em ofícios como funcionária. Houve erro meramente formal. Marcela tinha dois perfis no sistema eletrônico de solicitação de passagens do CPB. Um como acompanhante/cônjuge do presidente da instituição e outro como coordenadora de Hipismo, cargo que ela efetivamente desempenhou em quatro edições dos Jogos Paralímpicos (Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016).

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