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Governo não garantirá mais doses aos estados que desrespeitarem PNO

O aviso foi uma alfinetada no governador de SP, João Doria, que anunciou a aplicação da 3ª dose para o público de 60 anos ou mais

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Vacina contra a Covid-19
1 de 1 Vacina contra a Covid-19 - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O Ministério da Saúde divulgou uma nota, na tarde desta quarta-feira (1º/9), comunicando que a pasta não garantirá doses de imunizantes contra a Covid-19 para estados e municípios que desrespeitarem o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

O anunciou ocorreu logo após o anúncio do governador de São Paulo, João Doria, de que o estado vai aplicar, a partir do dia 6 de setembro, a terceira dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas acima de 60 anos. O Ministério da Saúde, no entanto, recomenda aplicar a terceira dose em idosos com 70 anos ou mais e imunossuprimidos durante setembro. Depois, as faixas etárias contempladas serão reduzidas.

A pasta argumenta que se os gestores não seguirem as normas impostas pelo PNO, isso pode atrapalhar o fluxo de todo o processo vacinal no país: “As alterações nas recomendações do PNO podem influenciar na segurança e eficácia das vacinas na população e podem, ainda, acarretar na falta de doses do Plano Nacional de Vacinação para completar o esquema vacinal na população brasileira”, diz trecho da nota.

Além disso, o Ministério da Saúde, diferentemente do governo paulista, listou as vacinas que serão aplicadas. “A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca”, detalhou.  A Coronavac produzida pelo Instituto Butantan, no entanto, não foi citada como uma das alternativas para o terceiro reforço.

Veja na íntegra a nota enviada pela pasta:

O Ministério da Saúde adverte que não garantirá doses para os estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes do que foi definido por representantes da União, estados e municípios no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), como anunciado anteriormente pela pasta.

As decisões sobre a aplicação das doses de reforço para idosos e a adicional para imunossuprimidos, redução de intervalo entre doses, intercambialidade de vacinas, vacinação de gestantes e adolescentes, entre outras, são baseadas em evidências científicas, ampla discussão entre especialistas, cenário epidemiológico, população-alvo, disponibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a Anvisa.

As alterações nas recomendações do PNO podem influenciar na segurança e eficácia das vacinas na população e podem, ainda, acarretar na falta de doses do Plano Nacional de Vacinação para completar o esquema vacinal na população brasileira.

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