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Governo garante compra de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reuniu-se com governadores, no Palácio do Planalto, para tratar de plano de vacinação contra Covid-19

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1 de 1 posse ministro pazuello saude 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em reunião com governadores nesta terça-feira (8/12), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o governo federal irá adquirir todas as vacinas contra a Covid-19 que forem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em uso emergencial.

Na semana passada, a Anvisa informou que vai aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a doença solicitem o uso emergencial no Brasil.

“Todas as vacinas que tiverem sua eficácia e registros da maneira correta na Anvisa, se houver necessidade, vão ser adquiridas. É muito importante que se sigam todos os passos. Quando falamos de saúde, não podemos abrir mão de eficácia, segurança e responsabilidade. Quando nós colocarmos uma vacina, seremos nós os responsáveis”, disse Pazuello aos governadores, durante o encontro que ocorreu no Palácio do Planalto.

Após a reunião, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), falou com a imprensa, e afirmou que todas as vacinas que forem validadas por qualquer uma das quatro agências internacionais e revalidadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão adquiridas pelo governo federal.

“Ficou estabelecido que todas as vacinas que estejam em análise, ao momento de adentrar as documentações junto à Anvisa ou através das quatro agências internacionais que venham a pedir a validação das vacinas, estarão habilitadas e serão adquiridas pelo governo através do plano nacional de imunização”, afirmou Barbalho.

De acordo com o governador do Goiás, Ronaldo Caiado, a Anvisa avaliará o registro das vacinas em até 72 horas. Caso o prazo não seja respeitado, segundo Caiado, a vacina estará automaticamente autorizada.

Doria vs Pazuello

Durante a reunião desta terça, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), trocou farpas com o ministro Pazuello sobre a vacina contra a Covid-19.

Doria chegou a falar sobre possíveis razões político-ideológicas para o governo federal não comprar a Coronavac, produzida pela fabricante chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Pazuello, por sua vez, retrucou dizendo que não há vacina de São Paulo e, sim, do Instituto Butantan, que vai produzir o imunizante de tecnologia chinesa.

“A vacina do Butantan não é do estado de São Paulo, é do Butantan”, disse Pazuello.

Doria havia ressaltado que o Ministério da Saúde já tinha se comprometido a gastar R$ 1,9 bilhão com a vacina da AstraZeneca e R$ 2,5 bilhões com o consórcio Covax Facility, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o desenvolvimento de vacinas. No entanto, segundo o tucano, o governo não investiu na vacina chinesa.

Vacinas e plano de imunização

Atualmente, quatro vacinas estão na fase 3 de testagem em humanos no Brasil. São elas:

  • AstraZeneca + Universidade de Oxford: 70% de eficácia, com uma variação de 62% a 90%, de acordo com a dose aplicada.
  •  CoronaVac: ainda sem a taxa de eficácia divulgada.
  •  Pfizer + BioNTech: 95% de eficácia e mais de 94% eficaz em idosos acima de 65 anos, segundo dados preliminares da fase 3.
  •  Janssen: ainda sem a taxa de eficácia divulgada.

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou os primeiros pontos da estratégia “preliminar” para a vacinação da população. Ao todo, serão quatro etapas.

  • Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
  • Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
  • Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).
  • Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
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Helder Barbalho, governador do Pará

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