Governo federal lança programa para usar mapeamento genético no SUS
Programa, anunciado inicialmente há mais de dois meses, pretende formar um banco com 100 mil genomas. Objetivo é prevenir doenças
atualizado
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Em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (14/10), com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de ministros, o governo apresentou o programa Genomas Brasil, que tem como objetivo mapear 100 mil genomas como forma de prevenir doenças.
A portaria que cria o programa foi publicada no dia 5 de agosto deste ano no Diário Oficial da União (DOU). A publicação alterou a Portaria de Consolidação nº 5/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para instituir o Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão – Genomas Brasil e o Conselho Deliberativo do Programa Genomas Brasil.
O investimento previsto para os primeiros quatro anos, de acordo com o governo, é de R$ 600 milhões. O governo espera “aperfeiçoar o entendimento das variações genéticas típicas da população brasileira possibilitando, futuramente, o acesso a tratamentos personalizados no Sistema Único de Saúde (SUS)”, informou o Planalto.
“A entrada do BNDES vai estimular que a a iniciativa privada também invista recursos”, disse o presidente, que aproveitou a cerimônia para elogiar a gestão de ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à frente da pasta.
A principal meta do Genomas Brasil para os próximos anos é a criação de um banco de dados nacional com 100 mil genomas completos de brasileiros.
Para o governo, “esse banco permitirá compreender a relação entre genes e doenças na população, trazendo para o SUS melhorias como o acesso a diagnósticos mais precisos, a capacidade de prever e prevenir doenças e a personalização do tratamento com base na informação genética”.
O projeto sequenciará genes de portadores de doenças raras, cardíacas, câncer e infectocontagiosas, como a Covid-19. A escolha das doenças levou em conta a quantidade de casos no país e o alto custo que geram ao SUS.