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Governo fará corte de R$ 2,5 bi e extinguirá ministério, diz Bolsonaro

Presidente adiantou neste sábado (20) que equipe econômica estuda ajustes nas contas para não ferir Lei de Responsabilidade Fiscal

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Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles
Bolsonaro lança campanha pela reforma da previdencia
1 de 1 Bolsonaro lança campanha pela reforma da previdencia - Foto: Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Neste sábado (20/07/2019), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) revelou que fará um corte de ao menos R$ 2,5 bilhões nos gastos do governo federal. Ainda segundo o chefe do Palácio do Planalto, provavelmente algum ministério será extinto.

Bolsonaro comentou o assunto ao deixar o Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República, para levar sua filha Laura, 8 anos a uma aula de equitação. O presidente desceu do carro e tirou fotos com apoiadores de seu governo.

O pesselista, sem dar detalhes da futuras mudanças, adiantou que a equipe econômica, capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, finaliza estudos técnicos para definir qual pasta deixará de existir. Para ele, o valor “é uma merreca” perto do orçamento global do governo que é “trilionário”.

Bolsonaro foi enfático. “Infelizmente vou ter cortar algum ministério. Não sei qual ainda. A equipe está estudando. O orçamento não está fechando”, ponderou. O receio do presidente é ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que pode ser considerado crime e passível de perda do mandato.

“O que estamos decidindo com a equipe econômica é se, em vez de cortar de sete ou oito ministérios, cortamos um ministério só. Estou sendo obrigado a decidir por um. Se não fizer isso, eu pedalo e entro na lei de responsabilidade fiscal. Um impeachment contra mim”, advertiu.

Inicialmente, Bolsonaro anunciou uma Esplanada com apenas 15 pastas, logo após ser eleito, em outubro de 2018. Contudo, o presidente fechou seu ministério em 22. A extinção, por exemplo Ministério do Meio Ambiente, gerou polêmica e acabou permanecendo da estrutura governamental.

Essa é a segunda mudança no corpo do governo anunciada por Bolsonaro. Nesta semana, o presidente disse que a a Agência Nacional do Cinema (Ancine) se tornará uma secretaria subordinada a alguma pasta e que se não puder existir “filtros culturais” ela deverá ser extinta.

Repercussão da semana
O presidente voltou a falar sobre os assuntos que movimentaram a semana, como a indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador em Washington e os saques no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que deve ser anunciado formalmente na próxima semana.

Bolsonaro reafirmou que só aguarda a manifestação dos Estados Unidos para enviar o nome de Eduardo ao Senado, onde o deputado deve ser sabatinado. Ele voltou a afirmar que o fim da multa de 40% no FGTS em casos de demissão sem justa causa está em estudo.

O presidente também falou sobre a fome no país. Declarações dele a jornalistas estrangeiros causaram polêmica. “Da forma como é pregada lá fora, não existe a fome no Brasil. Aqui se come mal”, concluiu.

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