Governo exonera secretário da Justiça, mais um nome ligado a Moro
Exoneração publicada no Diário Oficial da União (DOU) não traz assinatura do atual ministro da Justiça, somente do general Braga Netto
atualizado
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O governo federal exonerou mais um nome do Ministério da Justiça e Segurança Pública que era ligado ao ex-ministro Sergio Moro, tratado agora como adversário político.
Desta vez, foi o secretário Nacional de Justiça, Vladimir Passos de Freitas, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Freitas foi um dos primeiros a colocar o cargo à disposição tão logo o ex-ministro pediu demissão alegando que Bolsonaro tentava influir politicamente nos rumos da Polícia Federal. O agora ex-secretário permaneceu no cargo para auxiliar no processo de transição.
A exoneração, publicada nesta segunda-feira (11/05) no Diário Oficial (DOU), foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto. O atual ministro da Justiça, André Mendonça, não assina o texto. (Veja aqui).
Passos de Freitas
Desembargador aposentado, com 26 anos de carreira como juiz Federal e 10 anos como promotor de justiça, Vladimir assumiu a Secretaria em março do ano passado.
Ele foi convidado pelo então ministro Sergio Moro para assumir o comando da Senajus devido à “elevada competência”, logo após o desligamento de Maria Hilda Marsiaj.
Saída de Moro
Ex-AGU, André Mendonça assumiu o cargo de ministro da Justiça após a saída de Sergio Moro do governo federal, no último dia 24 de abril. O ex-ministro saiu insatisfeito com supostas interferências de Bolsonaro na Polícia Federal (PF).
Na semana passada, ao menos quatro nomes ligado a Moro foram exonerados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Entre as baixas, está o secretário-executivo Luiz Pontel de Souza, que já tinha colocado o cargo à disposição. Entra no lugar dele Tercio Issami Tokano, que era adjunto de Mendonça na AGU.
Foram exoneradas também Flávia Rutyna Heidemann, assessora-especial do então ministro Moro, e Flávia Bianco, que era sua chefe de gabinete.
Além desses três nomes, Mendonça decidiu exonerar, logo no início da semana, o secretário de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo.