Governo estuda calendário para pagamento do “coronavoucher”
Técnicos de bancos e órgãos envolvidos querem evitar aglomerações em agências e lotéricas
atualizado
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O governo estuda um chamamento escalonado para que o saque dos R$ 600 do “coronavoucher” por autônomos não lote a agências bancárias e casas lotéricas pelo país. Essa situação poderia contribuir para o aumento nos casos.
Em anúncio feito nesta sexta-feira (27/3), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o Ministério da Economia, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e a Caixa estão definindo os critérios, que devem ser semelhantes aos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Os técnicos dos órgãos e bancos envolvidos tentam encontrar a melhor solução para evitar uma corrida às instituições bancárias de todo o país e a formação de aglomerações de pessoas em busca do auxílio emergencial. A recomendação é de que aglomerações continuem a ser evitadas como forma de conter o avanço do novo coronavírus.
Segundo o presidente da Caixa, o escalonamento está em estudo para evitar que “30, 40 milhões” de brasileiros se dirijam às agências e lotéricas no mesmo dia. Na última quinta-feira (27/03), o presidente Jair Bolsonaro determinou que casas lotéricas sejam consideradas serviços essenciais.
“Neste momento, três vices-presidentes da Caixa estão com técnicos do Ministério da Economia e do INSS para tratar disso. Por isso, é importante a aprovação pelo Senado e a operacionalização de um decreto. Provavelmente será da mesma forma como fizemos o saque imediato do FGTS”, explicou.
De acordo com Guimarães, a Caixa estima que 20% dos beneficiários sejam correntistas do banco. Nesse caso, receberão diretamente no débito em conta. “Ainda estamos discutindo, mas provavelmente terá um calendário”.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro lançou um pacote de R$ 40 bilhões para auxiliar pequenas e médias empresas durante a crise do coronavírus.