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Governo ainda acredita em candidato único da base, diz Padilha

O ministro disse que ainda acredita que até a eleição, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (13/7) é possível que a base do governo tenha um único candidato contradizendo a tese de que o governo não está interferindo na disputa

atualizado

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Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Mesmo com a formalização de Marcelo Castro (PMDB-PI) como mais um candidato da base aliada para concorrer à sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que ainda acredita que até a eleição, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (13/7) é possível que a base do governo tenha um único candidato. “O governo trabalha com a ideia de que a base tenha um candidato só até a hora da eleição, o governo acredita que isso será possível”, disse, contradizendo a tese de que o governo não está interferindo na disputa.

Questionado se o governo tem trabalhado para tentar convencer Castro a desistir da candidatura, Padilha disse que “não só o Marcelo Castro”. “Queremos que fique um só. Se for o Marcelo Castro ‘esse um só’, não será ele (que o governo tentará convencer para retirar)”, disse. “Queremos que fique um só da base do governo”, reforçou.

Para Padilha, caberá aos líderes fazerem os acordos que podem, inclusive, ir além do mandato tampão da presidência da Câmara. “Nós estamos pensando que (os líderes) podem fazer acerto para 2016, 2017, 2018. Não precisa ser só 2016. Tem muito jogo pela frente”, disse.

Segundo Padilha, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tem conversado há mais de uma semana para tentar construir o consenso na base. Na insistência de repórteres de que isso então significava na prática uma atuação do governo, Padilha rechaçou a ideia. “Não. Nós não interferimos na definição de quem seja, mas nós queremos, sim, que tenha um, um candidato da base. Queremos a unidade da base. E unidade da base se constrói sem disputa”, reforçou Padilha. O ministro afirmou, entretanto, que “esse problema tem de ser decidido pelo conjunto de líderes”.

Padilha repetiu que muita coisa pode acontecer até a eleição desta quarta e reforçou que o objetivo do governo é manter o quórum acima de dois terços “que nos assegura aprovar o que o Brasil está precisando”. “Estamos fazendo de tudo para mantermos a nossa base”, disse. Ele reforçou que o governo entrando na disputa só tende a perder. “Olhem o passado, queremos olhar pra frente”, disse.

Oposição fraca
Mesmo com os rachas na base, Padilha disse que não vê a oposição “com chance de fazer o presidente da Câmara”. Segundo ele, até quarta, os candidatos ainda não devem ser considerados como reais postulantes a vaga.

O ministro negou que o fato de Castro ter votado contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff cause desconforto para o governo e citou o caso de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que também votou a favor de Dilma, e hoje está no governo Temer. “O PMDB tem sido compreensivo com algumas dissidências internas”, disse.

Ajuda gaúcha
O ministro deu as declarações após uma reunião de Temer com a bancada gaúcha no Congresso, reduto eleitoral de Padilha. No encontro, segundo o ministro, ficou acertado que o governo dará R$ 100 milhões, divididos em cinco parcelas, para a retomada da obra da ponte do Rio Guaíba. “O governo remanejou recursos dentro do PAC para a retomada da ponte do Guaíba, considerada ‘prioridade número um'”, disse.

O senador Lasier Martins (PDT-RS) disse que na reunião foi informado que, tão logo o decreto de reprogramação orçamentária seja publicado, as obras serão retomadas. “Saímos satisfeitos. O presidente Temer disse que pretende retomar as obras já iniciadas”, disse o senador. Segundo o senador, apesar de a bancada expor outras demandas Temer foi cauteloso. “Ele disse que vamos aos poucos, vamos por partes”, afirmou Lasier.

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