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Governo admite atraso no lançamento de satélite que vai monitorar Amazônia

Lançamento do satélite será feito da Índia, país que convive com fortes restrições devido à pandemia do novo coronavírus

atualizado

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Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2019 e julho deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram aumento de 34,5%, na comparação com os 12 meses anteriores
1 de 1 Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2019 e julho deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram aumento de 34,5%, na comparação com os 12 meses anteriores - Foto: Victor Moriyama/Getty Images

A Agência Espacial Brasileira (AEB) já admite que pode adiar o lançamento do satélite Amazônia-1, previsto, inicialmente, para entrar em órbita ainda no segundo semestre de 2020. Com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, porém, o pré-agendamento corre risco de ser adiado.

O equipamento vai ampliar a capacidade do país de monitorar movimentações na Amazônia, com captação de imagens por uma tecnologia 100% desenvolvida no país e com foco nas necessidades locais.

Em sua fase final de desenvolvimento, o equipamento, antes de entrar em órbita, será enviado a Índia, de onde decola. Ocorre que com as limitações impostas pela pandemia, esses prazos estão em risco.

A possível mudança nos planos foi revelada via Lei de Acesso à Informação (LAI) em resposta a consulta feita pela reportagem sobre o andamento da construção equipamento para monitorar o maior bioma brasileiro. A Agência Espacial Brasileira (AEB) assumiu o possível atraso, mas destacou que, atualmente, o satélite está em fase final de desenvolvimento, prestes a dar início aos “testes elétricos e ambientais”, que antecedem o lançamento.

Sobre o prazo inicial, de decolagem no segundo semestre, a agência informa que ela “pode ser afetada” devido às “restrições do isolamento social decorrentes da atual pandemia do Covid-19”.

A informação chega em um momento que o governo enfrenta pressão interna e externa de empresários e investidores em função no aumento das queimadas e desmatamento na região da floresta amazônica.

No primeiro semestre deste ano, apesar da pandemia, o país registrou a maior área de desmatamento nos últimos 10 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nessa quinta-feira (9/7), após pressão de gestores de fundos, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que preside o Conselho da Amazônia, informou que irá interromper as queimadas legais por 120 dias. Na sexta (10/9), ele admitiu que o governo demorou a agir para conter o desmatamento.

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Mourão, em visita ao Acre
Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada
Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto
Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF
Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva
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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB)

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Mourão, em visita ao Acre

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Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada

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Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto

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Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF

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Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva

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O vice-presidente, general Mourão, recebe a mais alta patente da maçonaria

Divulgação

 

Uso do satélite 

O satélite terá como missão o fornecimento de imagens destinadas ao monitoramento da agricultura e do desmatamento, especialmente na região amazônica. O equipamento compõe uma plataforma de satélites criada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em 2019, desavenças entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o então presidente do Inpe, Ricardo Galvão, resultaram na primeira crise do setor, com a demissão do titular da autarquia. Bolsonaro chegou a dizer que o executivo agia “a serviço de alguma ONG” por ter divulgado dados sobre queimadas e desmatamento.

Foi Galvão quem assinou o contrato de lançamento com a empresa norte-americana Spacefligth para colocar em órbita o primeiro satélite de observação com tecnologia 100% nacional. O foguete que será utilizado é fabricado pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO na sigla em inglês).

Quando posto em órbita, o Amazônia-1 poderá reforçar ainda mais esses dados. Atualmente, o Inpe utiliza uma base de dados fornecida por imagens de vários satélites, incluindo equipamentos de monitoramento de outros países.

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