“Governo aceitará qualquer manifestação pacífica”, diz Randolfe Rodrigues
O líder do governo no Senado comentou sobre manifestações agendadas para esta quarta-feira (11/1)
atualizado
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O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta quarta-feira (11/1), após reunião no Palácio do Planalto, que o governo vai aceitar “qualquer manifestação pacífica, sem armas”. Ele foi questionado por jornalistas sobre novo ato de bolsonaristas marcado para ocorrer na região, às 18h.
“A recomendação do governo é aceitar qualquer manifestação pacífica, defender e proteger qualquer manifestação pacífica. Manifestação pacífica, como está na Constituição. Cada um tem o direito de se manifestar sem armas. Não como ocorreu no último domingo”, disse ele, lembrando que em 8 de janeiro, houve depredação de patrimônio público.
Perguntado sobre faixas que pedem o retorno da ditadura, Randolfe respondeu: “Qualquer ato que atente contra o Estado Democrático de Direito tem ser tratado como crime. Por mais absurdo que sejam os pedidos, se não usar de violência, será respeitado. O limite para a não aceitação é apologia ao crime, é apologia à supressão violenta do Estado Democrático de Direito e é o cometimento de crimes”.
Randolfe pontuou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, vêm tomando, desde terça-feira (10/1), todas as medidas cabíveis.
Uma dessas medidas foi tomada na manhã desta quarta, quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) voltou a fechar o acesso para veículos, na Esplanada dos Ministérios.
Além de ter o tráfego fechado, houve reforço da segurança em toda a região, especialmente ao lado dos prédios dos ministérios e das sedes dos Três Poderes: Congresso Nacional (Legislativo), Palácio do Planalto (Executivo) e Supremo Tribunal Federal (Judiciário).
As vias S1 e N1, no Eixo Monumental, fecharam da altura da Rodoviária do Plano Piloto até a L4. O acesso às pistas da L2 pela Esplanada estão bloqueados. Ainda não há previsão de liberação do trânsito.
CPI e Conselho de Ética
Segundo Randolfe, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos terroristas de 8 de janeiro deverá ser instalada em fevereiro, quando os parlamentares eleitos em outubro de 2022 tomarão posse. O requerimento para instalação da CPI já reuniu o número mínimo de assinaturas.
O líder do governo disse que também em fevereiro será instalado o Conselho de Ética do Senado, responsável por investigar condutas de senadores que eventualmente tenham participado ou incentivado os atos golpistas.