Governador do Rio diz que isolamento será debatido nacionalmente
Segundo Cláudio Castro, primeira reunião do comitê nacional de enfrentamento à Covid-19 deve ocorrer na próxima semana
atualizado
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O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), disse nesta quarta-feira (24/3) que questões como o isolamento social serão debatidas nacionalmente, no âmbito do Comitê Nacional para Enfrentamento à Covid-19, anunciado nesta quarta.
O grupo vai se reunir semanalmente para definir políticas uniformes de combate ao vírus, sob comando do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Segundo o governador, a primeira reunião deve ocorrer na próxima semana.
“Acabaram não sendo tratadas questões mais particulares. A questão da conversa hoje foi muito no sentido de criar essa coordenação nacional. Agora, isso vai ser debatido tudo nacionalmente com governo federal, governadores, Câmara, Senado, coordenado pelo presidente Rodrigo Pacheco”, disse.
Segundo ele, toda “a questão técnica fica pelo Ministério da Saúde pra gente começar a ter uma padronização, pelo menos em linhas gerais, de todo o combate à pandemia: remédio que serve, que não serve, tratamento”.
“Então, essa coordenação federal é muito importante para que se faça um protocolo, que se tenha medidas parecidas”, prosseguiu.
“Essa questão do isolamento acho que todos concordam que algum isolamento tem que ser feito”, disse o governador do Rio. “Está desequilibrado, está politizado e a gente não está achando um equilíbrio nas ações. É um consenso que medidas têm que ser tomadas, o dissenso é quais medidas e a intensidade delas.”
Após reunião com os chefes dos três Poderes, ministros de Estado e governadores, Castro se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto para tratar do regime de recuperação fiscal do Rio.
Ausência de governadores
Questionado se a ausência de governadores na reunião desta quarta, no Palácio da Alvorada, prejudica o comitê, Castro disse que, com a coordenação do presidente do Senado, o trabalho “não tem porque não fluir”. Sediada na residência oficial da Presidência da República, a reunião contou com apenas sete governadores, representando as cinco regiões do país, todos aliados do presidente Bolsonaro.
“Eu acho que, sendo coordenado pelo Senado, não tem por que não fluir. E foi ideia do presidente que coordenasse, foi uma proposta dele, acho que quando ele abre mão da coordenação, ainda que ele não tenha chamado um ou outro, ele demonstra que a vontade é de funcionar.”
Na reunião, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), defendeu a adoção do isolamento em “situações críticas”, como a atual. O governador do Rio disse que “a esmagadora maioria” dos presentes na reunião foi favorável a graus de isolamento. Ele defendeu que esse isolamento seja feito com interlocução com as cadeias produtivas.
“Acho que tem que fazer um isolamento sim, mas negociado com as cadeias produtivas, sabendo onde dá pra escalonar em transporte público, onde dá pro cara funcionar um período a menos para não ter um massacre no emprego. Não sou contrário ao isolamento, mas sou contrário a fechar tudo, porque acho que vai gerar impactos que vão prejudicar a vida das pessoas de qualquer jeito”, reforçou Cláudio Castro.