Governador bolsonarista empregou esposa de Arthur Lira em secretaria
Ângela Maria Gomes de Almeida Lira foi nomeada como secretária adjunta da Representação Estadual no Distrito Federal por Antonio Denarium
atualizado
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Um dos principais governadores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) empregou, como secretária adjunta da Representação Estadual no Distrito Federal, a esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas). Antonio Denarium (Progressistas), como é conhecido o governador de Roraima, nomeou Ângela Maria Gomes de Almeida Lira em julho, com salário de R$ 14 mil líquidos. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o governo de Roraima, a principal tarefa da pasta é a interlocução com as diferentes instituições com as quais o estado se relaciona em Brasília. A chefe da esposa de Lira também é apoiadora do presidente. Gerlane Baccarin é a secretária responsável pela pasta da Representação Estadual.
O marido de Baccarin é amigo próximo do presidente da Câmara e deputado federal. Hiran Gonçalves também é do mesmo partido de Lira e do governador de Roraima, Progressistas, além disso é simpatizante de Bolsonaro.
Denarium, assim como Bolsonaro, era do Partido Social Liberal (PSL) e hoje está sem partido. Nos atos do 7 de Setembro, o gestor foi às ruas defender o mandato do presidente. Ele foi um dos poucos governadores a acatar o pedido do chefe do Executivo para que zerassem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre a gasolina e o gás de cozinha.
Em resposta à reportagem da Folha, o governo de Roraima disse que a nomeação foi feita em virtude de que Ângela é “administradora experiente, já tendo passado por várias instituições, como Banco do Nordeste e Assembleia Legislativa de Alagoas, além de ter excelente trânsito em Brasília”.
Investigação em andamento
Lira e Ângela estão envolvidos em uma investigação sobre supostos funcionários fantasmas no gabinete de Lira, na Assembleia de Alagoas, quando era deputado estadual. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas no âmbito da Operação Taturana, por suposto recolhimento de salários de funcionários e uso dos valores para empréstimo.
Na esfera cível, Lira foi condenado por improbidade administrativa e recorreu. No âmbito criminal, o parlamentar foi absolvido, mas, da mesma forma, o Ministério Público recorreu da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).