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“Gosto, às vezes, de viver perigosamente”, diz Bolsonaro sobre motos

Presidente afirmou que teve “encrenca enorme” com a esposa em 2021 ao comprar uma motocicleta. Ele também defendeu o uso de armas de fogo

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Gustavo Moreno/Metrópoles
bolsonaro passeia de moto e visita as feiras em brasilia
1 de 1 bolsonaro passeia de moto e visita as feiras em brasilia - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (14/7), que teve uma “encrenca enorme” com a esposa, Michelle Bolsonaro, em 2021, ao comprar uma motocicleta. Segundo ele, a primeira-dama tem uma preocupação com sua segurança, mas ele classificou a ação como um “prazer” e disse gostar de “viver perigosamente”.

O chefe do Executivo federal tem incentivado e participado de eventos com motoqueiros pelo país, como forma de mobilizar a base aliada ao governo. As motociatas acabaram virando atos políticos nos quais o mandatário discursa e recebe apoio de eleitores. Ele, no entanto, nega estar por trás da organização dos eventos.

“Eu tive uma encrenca em casa enorme no ano passado. Comprei uma motocicleta sem a minha mulher saber. Não a consultei. Arranjei um tremendo de um problema. A preocupação dela é com a minha vida, eu sei disso. Mas eu gosto de motocicleta. Eu gosto às vezes de viver perigosamente. Eu peço desculpa a vocês, mas é um prazer que eu tenho. E depois ela passou a me entender”, afirmou Bolsonaro.

“Sei que tem muitas mulheres que veem a motocicleta como um símbolo de machismo. Não pensem isso de nós. É um momento de felicidade em cima de duas rodas”, afirmou Bolsonaro em discurso. “Se bem que tem muitas mulheres que têm motocicleta também”, adicionou.

O mandatário também defendeu o uso de armas de fogo, das quais é entusiasta.

“A mesma coisa quando se fala em arma de fogo. As mulheres são contra, em grande parte. Mas desde que nós adotamos uma política de arma de fogo para pessoas de bem, desde quando assumi, olhem só: em 2016, não vou dizer quem era a presidente, mas tivemos no Brasil 61 mil mortes por arma de fogo. No ano passado, em meu governo, com essa política das armas, passou para 41 mil mortes.”

Desde 2019, o governo brasileiro tem flexibilizado o acesso a armas de fogo no país. Houve liberação para a população de calibres antes restritos e ampliação do número de armas e munições que podem ser compradas. Com isso, Bolsonaro atendeu ao grupo dos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Além disso, Bolsonaro estendeu a posse de arma de fogo em propriedades rurais, assegurando aos residentes em área rural a posse de armas em toda a extensão do imóvel.

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