Gleisi vai à posse de Maduro para mostrar oposição a Bolsonaro
Presidente do PT diz que não apoia “posição agressiva” do atual governo contra o presidente reeleito na Venezuela
atualizado
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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora e deputada federal eleita Gleisi Hoffmann, está na Venezuela para participar, nesta quinta-feira (10/1), da posse de Nicolás Maduro em seu segundo mandato como presidente do país. Em nota divulgada pelo partido, a petista explica o motivo para ir ao evento: “Mostrar que a posição agressiva do governo Bolsonaro contra a Venezuela tem forte oposição no Brasil”.
Maduro, que assume o comando do país pela segunda vez, é alvo de uma série de críticas de organismos internacionais pela falta de transparência nas últimas eleições venezuelanas, além do recrudescimento da relação entre governo e oposição.
O Brasil, que integra o chamado Grupo de Lima (formado por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia e México), considera a reeleição ilegítima.
Para Gleisi, é inaceitável que o Brasil “vire as costas” quando um país como a Venezuela está passando por dificuldades. “Trata-se de um país que tem relações diplomáticas e comerciais importantes com o Brasil. Impor castigos ideológicos aos venezuelanos também resultará em graves problemas imigratórios, comerciais e financeiros para os brasileiros”, diz a dirigente do PT.
A petista afirma ainda, na nota, que “o PT estará sempre solidário” para apoiar uma nação na qual os direitos do povo estejam ameaçados. “Somos solidários à posição do governo mexicano e de outros estados latino-americanos que recusaram claramente a posição do chamado Grupo de Lima, abertamente alinhada com a postura belicista da Casa Branca”, pontuou.