Gleisi: reonerar combustíveis é “descumprir compromisso de campanha”
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann defende que reoneração de combustíveis só será discutida após definição de nova política da Petrobras
atualizado
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais nesta sexta-feira (24/2) para criticar a reoneração dos combustíveis, que irá retornar a partir de 1º de março.
O tema tem provocado discussões internas na cúpula do governo, em especial na ala econômica. Segundo a petista, taxar a gasolina e o álcool seria “descumprir compromisso de campanha” feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vale lembrar que o Executivo prorrogou apenas até 28 de fevereiro a desoneração dos tributos federais incidentes sobre combustíveis – gasolina, álcool, gás natural veicular e querosene de aviação.
Gleisi defende, porém, que a reoneração tributária dos combustíveis só será debatida após a definição de uma nova política de preços para a Petrobras. De acordo com a petista, isso só será possível a partir de abril, quando o Conselho de Administração da estatal for renovado com “pessoas comprometidas com a reconstrução da empresa e de seu papel para o país”.
“A política de preços atual, implantada pelo golpe, faz o povo pagar em dólares por gasolina e diesel que são produzidos aqui no Brasil em reais. A tal PPI sempre foi inflacionária e só favorece a indecente distribuição de lucros e dividendos da Petrobras. Isso também tem de mudar”, criticou.
1)Antes de falar em retomar tributos s/ combustíveis, é preciso definir uma nova política de preços p/ a Petrobrás. Isso será possível a partir de abril, qdo o Conselho de Administração for renovado, com pessoas comprometidas com a reconstrução da empresa e de seu papel p/ o país
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 24, 2023
A deputada afirma que o desafio do governo é “equilibrar uma política de preços mais justa com a geração de caixa necessária para retomar e impulsionar os investimentos da Petrobras”. “Investimentos que são fundamentais para o crescimento da economia, geração de empregos e de oportunidades. Isso também será possível a partir de abril”, prosseguiu.
“Impostos não são e nunca foram os responsáveis pela explosão de preços da gasolina que assistimos desde o golpe e no governo Bolsonaro/Guedes. Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha”, completou.