metropoles.com

Gleisi diz que Petrobras tinha “negócios suspeitos” e cita Bolsonaro

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann saudou a iniciativa do governo de suspender a venda de ativos da Petrobras

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
O presidente eleito Lula discursa ao lado da presidente do PT e membra da equipe de transição, Gleisi Hoffmann. Ele fala à imprensa - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula discursa ao lado da presidente do PT e membra da equipe de transição, Gleisi Hoffmann. Ele fala à imprensa - Metrópoles - Foto: Reprodução

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), manifestou-se favoravelmente ao pedido feito pelo governo federal para interrupção da venda de ativos da Petrobras. Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia enviou um ofício à empresa solicitando a suspensão das alienações de ativos por 90 dias, em razão da reavaliação da Política Energética Nacional atualmente em curso.

O pedido refere-se aos novos processos de desinvestimentos e a alguns em trâmite ou não concluídos. O Conselho de Administração da empresa ainda avalia a solicitação.

Na manifestação feita nesta terça-feira (7/3), Gleisi disse que o governo, representado pela pasta chefiada por Alexandre Silveira, “fez muito bem” ao apresentar o pedido.

“Maior empresa do povo brasileiro vinha sendo desmanchada como se fosse carro velho, em negócios suspeitos”, escreveu Gleisi. Em seguida, ela citou a venda da refinaria Landulpho Alves (Rlam), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, como exemplo. Na visão dela, a refinaria foi vendida para “amigos árabes” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A refinaria em questão foi vendida ao fundo Mubadala, do Emirados Árabes, que arrematou por R$ 10,1 bilhões. A Rlam tinha sido avaliada entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). Al Saud, príncipe herdeiro dos Emirados, é amigo do príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman e seus países têm vários negócios petrolíferos casados.

A venda dessa refinaria voltou ao noticiário após vir à tona a tentativa de entrada ilegal no Brasil de joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões, como presente do príncipe saudita para o casal Bolsonaro.

Conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, as joias – um conjunto de anel, colar, brincos e relógio masculino de diamantes – foram apreendidas no dia 29 de outubro de 2021, pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Estavam na mochila do assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que, em entrevista gravada pelos repórteres, afirmou se tratar de presentes para o ex-mandatário da República e a esposa, Michelle.

Albuquerque retornava de uma viagem oficial ao reino de bin Salman, com quem Bolsonaro falara dias antes.

A Polícia Federal (PF) instaurou nessa segunda-feira (6/3) um inquérito para investigar o episódio, que tem causado desgaste na imagem do ex-presidente.

A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal em São Paulo quer colher os depoimentos de Bolsonaro, Michelle, do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, e de uma série de ex-assessores do ex-presidente e do ex-ministro sobre o caso da tentativa da comitiva do governo Bolsonaro de entrar ilegalmente com joias milionárias no país.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?