Gleisi diz que Ciro Nogueira não tem credibilidade e ministro agradece
Presidente do PT afirmou que o ministro da Casa Civil e uma das principais lideranças do Centrão está sempre “correndo atrás de um governo”
atualizado
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A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, não possui credibilidade e sempre busca o governo de ocasião. A declaração foi dada à jornalista Andreia Sadi na entrevista que vai ao ar nesta quarta-feira (9/2), às 23h30, no programa Em Foco, da GloboNews.
“Ciro Nogueira não tem credibilidade, tá sempre de plantão correndo atrás de um governo. O presidente que ganhar, ele vai atrás. Não tenha dúvidas. E vai fazer críticas ao anterior, é da natureza da sua postura, é só acompanhar sua história”, disse a petista em trecho divulgado pelo jornal O Globo.
Nogueira reagiu à fala da petista afirmando que a recebeu como um “elogio”. “Pior seria se ela me elogiasse e dissesse que eu tenho. Credibilidade para ela tem Cuba, tem o Maduro, a Dilma, o Zé Dirceu, o Vaccari, o Delúbio”, escreveu ele pelas redes sociais.
“É da ‘credibilidade’ do PT que o Brasil não aguenta mais e por isso que eles não vão voltar”, concluiu o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Credibilidade para ela é o fim do teto de gastos, credibilidade para ela é destruir a Petrobras com o congelamento do preço dos combustíveis e por aí vai. É da “credibilidade” do PT que o Brasil não aguenta mais e por isso que eles não vão voltar.
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) February 9, 2022
O ministro, que foi aliado de gestões petistas e em 2018 declarou voto em Lula, publicou no último mês artigos críticos às gestões petistas, nos quais citou escândalos de corrupção do partido, além da deterioração econômica nos anos de 2015 e 2016, últimos do mandato de Dilma Rousseff.
No governo Bolsonaro desde agosto de 2021, Ciro Nogueira é senador licenciado e uma das principais lideranças do Centrão. Ele está afastado do comando do PP, mas continua sendo o principal representante do partido, que deve compor a coligação de Bolsonaro em outubro.
O ministro é hoje um dos mais importantes articuladores políticos do governo. Ele também integra o comitê de campanha criado para discutir as estratégias da corrida pela reeleição de Bolsonaro no pleito deste ano.