Girão pede que STF barre denunciados na disputa a presidente do Senado
Segundo o político cearense, o regimento interno da Casa é omisso quanto à entrada de réus na corrida ao posto. Luiz Fux vai analisar pleito
atualizado
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O senador eleito Eduardo Girão (Pros-CE) impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que políticos denunciados criminalmente não possam se candidatar ao cargo. O caso será apreciado pelo vice-presidente da Corte e responsável, no momento, pelo plantão judiciário, ministro Luiz Fux.
Em seu pedido, o futuro parlamentar pelo Ceará afirma que o regimento interno do Senado é omisso quanto à participação de denunciados na corrida pelo comando da Casa. Daí, ele pede ao Supremo que políticos que figurem como réus na Justiça não possam se inscrever.
Confira a íntegra do mandado de segurança de Girão:
Mandado de Seguranca Votaca… by on Scribd
O pleito foi entendido como um ataque direto ao senador Renan Calheiros (MDB-AL). O político alagoano ainda não é postulante oficial a presidente da Casa, a qual já comandou outras quatro vezes, mas tem intensificado as articulações para viabilizar sua candidatura.
Isso porque Girão é aliado de outro pré-candidato, o tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE). No entanto, mesmo que acatado, o pedido não deve atrapalhar os planos de Renan, visto que ele foi inocentado, em setembro, pelo STF em ação na qual era acusado de peculato.
Além de Renan e Tasso, os senadores Esperidião Amim (PP-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) já tiveram os nomes apresentados como candidatos a presidente do Senado Federal. Segundo o dirigente nacional do PSL, Luciano Bivar, o deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) também concorrerá ao posto. Mas o parlamentar já afirmou que pode abrir mão da disputa se houver uma indicação de consenso entre os partidos que fazem parte da base governista na Casa.