Gilmar vota pela soltura de Sérgio Cabral, que pode deixar a prisão
O ex-governador do Rio de Janeiro era o único condenado no âmbito da Operação Lava Jato que ainda estava detido em regime fechado
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, na noite de sexta-feira (16/12), pela soltura do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
Com a decisão, Cabral pode deixar a prisão a qualquer momento.
Gilmar acompanhou os votos dos ministros Ricardo Lewandowski e André Mendonça, da Segunda Turma do STF. Votaram contra a soltura de Cabral os ministros Edson Fachin e Nunes Marques.
Cabral era o único condenado no âmbito da Operação Lava Jato que ainda estava detido em regime fechado.
O ex-governador do Rio, no entanto, deverá permanecer em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Esta era a última ordem de prisão ainda em vigor, entre os cinco processos relacionados ao ex-governador desde que ele foi detido, há seis anos.
O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, divergiu dos magistrados e votou por manter Cabral preso.
A ficha de Cabral
Sérgio Cabral foi denunciado em 35 processos decorrentes de investigações da Lava Jato: 33 na Justiça Federal e dois na Justiça do Rio de Janeiro.
O ex-governador está preso desde novembro de 2016. Já passou por seis presídios: Bangu 8, Benfica, Complexo Médico de São José dos Pinhais, Batalhão Prisional da Polícia Militar, Bangu 1 e, por fim, o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros.
Cabral foi condenado em 23 ações penais na Justiça Federal, com penas que chegam a 425 anos e 20 dias de prisão.