Gilmar Mendes diz que divulgação de ligações de Aécio é “fofocagem”
“Converso com vários senadores”, disse o ministro em Porto Alegre, sobre o documento que mostra mais de 40 ligações de Aécio Neves (PSDB)
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta segunda-feira (23/10), em Porto Alegre, que o relatório da Polícia Federal (PF) que aponta mais de 40 ligações entre ele e o senador Aécio Neves (PSDB) é “fofocagem” e “abuso de poder”. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
As ligações foram feitas via aplicativo WhatsApp em um período de quatro meses — de fevereiro a maio de 2017. Um dos telefonemas ocorreu no mesmo dia em que o ministro deu uma decisão favorável ao tucano, que não precisou dar depoimento à PF no dia seguinte.
“Converso com o senador Aécio Neves, com o Serra, com o presidente do Congresso, com o presidente da Câmara, converso com vários parlamentares. Me reuni, fiz jantares. O pessoal do PCdoB, por exemplo, eles brincam quando me chamam para jantares: “chegou um membro do nosso partido”. E eu brinco com a líder do partido dizendo: “olha, esse (PCdoB) é o meu partido”. Em suma, qual a intimidade de tantas reuniões que nós fizemos ao longo do tempo? Vamos reduzir isso ao plano que realmente está. Isso é coisa de “fofocagem” do plano das instituições”, disse Mendes à imprensa.Mendes disse ser ilegal a divulgação de interceptações que não sejam úteis ao processo e declarou: “é um certo assanhamento, uma certa irresponsabilidade, só que feita não por ativistas, mas por gente que têm responsabilidade institucional: delegado, ministro, juiz… isso não pode se fazer. Isso é abuso de autoridade.”