Governo troca o número 2 do GSI; general Ricardo José Nigri é nomeado para o cargo
Além do general José Nigri, mais dois militares foram nomeados para cargos no GSI, comandado pelo ministro Gonçalves Dias
atualizado
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O general Ricardo José Nigri foi nomeado para exercer o cargo de secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República — o número dois do ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, conhecido como G Dias. O então secretário-executivo era Carlos José Russo Assumpção Penteado, que passará à situação de adido ao gabinete do comandante do Exército.
Nigri era chefe de Missões de Paz e Aviação e Inspetor-Geral das Polícias Militares. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), ele também foi oficial de gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, entre
O ato está publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na noite de segunda-feira (23/1), e é assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), e pelo ministro da Defesa, José Múcio. Enquanto o presidente Lula (PT) está em viagem oficial na Argentina, os dois assinaram outras mudanças no GSI, dando sequência às mudanças de militares ligados à Presidência da República após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O general Marcius Cardoso Netto e o general Carlos Feitosa Rodrigues trocaram de posto. Cardoso Netto foi nomeado para a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI. Até então, ele chefiava a Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal. Por sua vez, Rodrigues chefiará aquela assessoria, deixando a Secretaria de Segurança.
Na sexta-feira (20/1), Lula excluiu o ministro do GSI da reunião com o alto comando militar, que ocorreu no Palácio do Planalto. À coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, G Dias disse que não foi convidado para o encontro. Com ar de naturalidade, o general afirmou que as questões discutidas lá disseram respeito ao Ministério da Defesa, e não ao GSI.
A exclusão de G Dias da reunião veio após as críticas de integrantes do governo Lula ao GSI, a quem acusam de leniência com as invasões golpistas na sede do Planalto, em 8 de janeiro. Desde os atos, dezenas de militares foram dispensados.