General Mourão corre por fora para ser vice de Jair Bolsonaro
Se o militar da reserva for indicado para compor chapa com o presidenciável do PSL, o partido dele, PRTB, abriria mão de lançar Levy Fidelix
atualizado
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O posto de vice na chapa formada por Jair Bolsonaro (PSL) na candidatura à Presidência da República ganhou mais um nome: o do general Hamilton Mourão. O amigo pessoal do pré-candidato e líder das pesquisas é a bola da vez e ganha força entre os correligionários do deputado federal. A informação foi veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Mourão viria com o PRTB na bagagem, descartando a ideia de uma chapa pura. Assim, a sigla abriria mão de sua candidatura marjoritária capitaneada por Levy Fidelix e acrescentaria tempo de televisão para Jair Bolsonaro, que passaria de oito segundos para cerca de 11.
De acordo com apoiadores de Bolsonaro, o general Mourão é muito próximo ao pré-candidato, de quem nutre enorme confiança. Eleitoralmente, no entanto, o apoio não representaria tanto, a não ser pelo acréscimo de segundos na propaganda eleitoral.
Recentemente, Mourão, que é filiado ao PRTB desde maio, alfinetou os bolsonaristas ao dizer que existe um “certo radicalismo nas ideias, até meio boçal”. Por outro lado, ponderou que a imprensa trata o pré-candidato com “preconceito”.
Embora mais um nome tenha sido ventilado nessa semana, quem continua na preferência do PSL é a advogada Janaína Paschoal. Ela tem tido tempo para pensar e responder se aceita ou não ser a vice na candidatura de Jair Bolsonaro. Autora do manifesto do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Janaína estuda as implicações de mudar com a família para Brasília em eventual vitória no pleito de outubro.
O nome do PSL ao Planalto tem trabalhado com planos “a”, “b” e “c”. Além de Janaína, cogita convidar um general do Exército Brasileiro da ativa ou então dois filiados de sua sigla: o astronauta Marcos Pontes e Luiz Philippe de Orléans e Bragança, sobrinho de D. Luís Gastão de Orléans e Bragança, atual chefe da Casa Imperial do Brasil. Esse jogo político e dos bastidores do partido, porém, deve durar até domingo (5/8) durante a convenção estadual, em São Paulo.