General Augusto Heleno confirma ida para comando do GSI
Inicialmente, o auxiliar e braço direito de Bolsonaro ocuparia o Ministério da Defesa
atualizado
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O general da reserva Augusto Heleno confirmou nesta quarta-feira (7/11) que assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), integrando, portanto, o chamado núcleo duro do Palácio do Planalto no governo Jair Bolsonaro.
“Eu vou para o GSI”, limitou-se a dizer Heleno ao ser questionado por jornalista, enquanto deixava reunião no Comando da Aeronáutica, com a presença do presidente eleito, durante um café da manhã.
Inicialmente, Heleno era apontado como futuro ministro da Defesa. Pelo esboço atual analisado pelo presidente eleito para a composição da nova Esplanada dos Ministérios, o atual ministro Joaquim Silva e Luna permaneceria no cargo. No entanto, segundo o vice-presidente, general Hamilton Mourão, há possibilidade de o novo ocupante da pasta ser da Marinha. Sobre o general Heleno, Mourão disse a jornalistas no CCBB se tratar de uma “cabeça brilhante que não pode ser desperdiçada”. Mourão afirmou também que o comando das Forças Armadas será trocado.
Perfil
Na ativa, Heleno alcançou proeminência como primeiro comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização o Haiti (Minustah), entre 2004 e 2005. No final do segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva, ele foi comandante militar da Amazônia. Nesse posto, confrontou-se com a política indigenista do presidente petista. Em Brasília, o general chefiou o Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx).
Heleno se destacou entre os colegas desde a graduação na Academia Militar de Agulhas Negras, em 1969, quando conquistou o primeiro lugar da turma na arma de Cavalaria. Também teve a melhor colocação na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme).
Pela patente e pela liderança, Heleno é uma espécie de guru de Bolsonaro, principalmente, na área de segurança. Na campanha presidencial, chegou a ser cotado como candidato a vice, mas por divergências partidárias a vaga ficou com outro general, Hamilton Mourão.
O guru de Bolsonaro formou-se nos quarteis durante a ditadura, defende os governos instalados pelo golpe de 1964 e critica as administrações petistas. Mais habilidoso nas palavras do que Mourão, tende a concentrar mais poder do que o vice eleito.