Garotinho teria recebido R$ 3 milhões em contrato fictício com a JBS
Declaração foi dada pelo delator André Luiz da Silva Rodrigues ao Ministério Público Eleitoral: depoimento embasou prisão do ex-governador
atualizado
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O empresário André Luiz da Silva Rodrigues informou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) que a sua empresa Ocean Link Solutions Ltda. realizou um contrato simulado com a JBS para viabilizar a doação de R$ 3 milhões à campanha do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR). Rodrigues procurou a Polícia Federal para fazer a delação, que embasou a prisão preventiva de Garotinho, sua mulher, Rosinha Garotinho, e outras sete pessoas nesta quarta-feira (22/11). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Outro preso foi Ney Flores Braga, um dos responsáveis pela arrecadação de dinheiro para a campanha de Garotinho em 2014, segundo a matéria do Estadão. O delator teria contado que, em reunião determinada por Anthony Garotinho, alguém da empresa JBS faria contato com o empresário Brauny, seu sócio na empresa Ocean Link, para tratar de uma contratação.
Segundo o MPE, Rodrigues contou que o negócio foi firmado tempo depois, “restando esclarecido posteriormente que o contrato entre a Ocean Link e a JBS seria simulado com vistas a transferir, mediante conta bancária e nota fiscal fria, R$ 3 milhões de reais que deveriam ser repassados para o réu Anthony Garotinho utilizar em sua campanha eleitoral para o Governo do Estado do Rio de Janeiro”, segundo a denúncia.Garotinho foi preso na manhã desta quarta-feira e levado, primeiramente, a um quartel do Corpo de Bombeiros, mas acabou encaminhado, no fim da tarde, ao presídio de Benfica (RJ), onde já está detido o ex-governador Sérgio Cabral. Rosinha foi levada para um presídio feminino no município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, reduto eleitoral do casal.