Garimpeiros reclamam de ação do Ibama e cobram proteção de Bolsonaro
Em vídeos e áudios e panfletos virtuais, invasores cobram de Bolsonaro promessa de que equipamentos não seriam mais incinerados por fiscais
atualizado
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Garimpeiros que operavam ilegalmente dentro da floresta nacional do Crepori, no Pará, distribuíram áudios e vídeos convocando moradores a reagir contra fiscalização do Ibama e questionando o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) sobre a ação ocorrida na semana passada, quando fiscais do órgão ambiental, do ICMBio e agentes da Força Nacional queimaram retroescavadeiras e máquinas usadas para destruir o ambiente. As informações são da Folha de S.Paulo. De acordo com integrantes da operação, a denúncia era de que havia milhares de garimpeiros operando garimpos ilegais na floresta.
Na ação, os fiscais decidiram queimar os equipamentos porque havia risco de garimpeiros atacarem a fiscalização durante o reboque das máquinas. Já houve tentativas de resgate do gênero. de acordo com a reportagem. A queima provocou a reação de garimpeiros em grupos de aplicativos de celular e redes sociais.
“Olha, isso é a ordem do nosso presidente Bolsonaro. Queimaram tudo, do trabalhador. Um milhão de reais queimado aí, uma PC (retroescavadeira) na reserva. (Ele disse) que não ia queimar mais nada”, disse.
“Cadê você, Bolsonaro, que ia fazer alguma coisa e não era para botar fogo. Por que não levaram preso, para doar para alguma instituição. Essa é a ordem do nosso presidente, que nós votamos nele. Olha aí”, reclamou outro garimpeiro. Em outro ponto da floresta, um garimpeiro filmou uma retroescavadeira em chamas.
“Olha a situação. Estamos aqui dentro da reserva. Uma escavadeira Caterpillar. Eu queria, Bolsonaro, […] que você visse esse vídeo e explicasse para o Brasil por que está acontecendo isso aí. Você disse que não ia acontecer mais”, disse.
Neste domingo (08/09/2019), os garimpeiros começaram a espalhar um aviso sobre o protesto na rodovia. “Reivindicamos legalização dos garimpos e principalmente para o Ibama/ICMBio parar com a destruição dos equipamentos com fogo”, diz o folheto virtual.