Galípolo não descarta presidir o BC: “À disposição” de Lula e Haddad
Indicado para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) comentou expectativa de indicação para a presidência do órgão
atualizado
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O nome indicado para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse, nesta terça-feira (9/5), estar “à disposição” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “jogar” na posição que eles indicarem.
O atual secretário-executivo da Fazenda foi questionado por repórteres sobre a expectativa de assumir, futuramente, a presidência do BC. O mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), termina em dezembro de 2024.
“Eu não vim pra cá para meter nenhum tipo de projeto de carreira pessoal, não faz nenhum sentido pra mim. Então, a minha posição sempre foi, tanto para o presidente (Lula), quanto com o ministro que eu estou aqui pra tentar colaborar com o projeto”, disse Galípolo em entrevista no Ministério da Fazenda.
“Desde que se entenda que eu posso colaborar e na posição que se entenda que eu possa colaborar e eu me sinta confortável para desempenhar, eu estou à disposição do presidente e do ministro Fernando Haddad para desempenhar e jogar na posição que eles entenderem que é a mais adequada e que eu posso colaborar melhor”, concluiu ele.
A indicação do braço forte de Haddad, o número dois na pasta, visa facilitar a convergência entre as políticas monetária e fiscal.
O governo pressiona pela redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. A decisão é tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, do qual participam os diretores.
Além de Galípolo, Lula deverá indicar um nome para a Diretoria de Fiscalização, totalizando dois dos nove diretores do colegiado.