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Futuro chefe da PF defende forças-tarefas e põe Lava Jato como modelo

Delegado Maurício Valeixo afirma que “combate à corrupção demanda a atuação integrada entre diversos órgãos”

atualizado

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DENIS FERREIRA NETTO/ESTADÃO
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1 de 1 valeixo-1 - Foto: DENIS FERREIRA NETTO/ESTADÃO

Indicado como diretor-geral da Polícia Federal a partir de janeiro, o delegado Maurício Valeixo afirmou que o combate à corrupção demanda a atuação integrada entre diversos órgãos para ser bem-sucedida. Ele citou como exemplo a ser seguido o modelo de força-tarefa implementado na Operação Lava Jato, com atuação conjunta entre a Polícia Federal, pela Procuradoria da República e pela Receita.

“Essa integração inédita da Força Tarefa da Lava Jato foi muito importante. Devemos ter em mentes as limitações na investigação policial, na estrutura, seja por pessoal ou restrição orçamentária. Se for para melhorar a investigação e trazer modernização para o trabalho esse modelo será sempre muito bem-vindo”, disse Valeixo, nesta quarta-feira (28/11) durante a 17ª edição do Congresso Nacional dos Policiais Federais, em Curitiba.

Citando dados que mostram a eficiência da Lava Jato em combater casos de corrupção, Valeixo disse que ‘só foi possível chegar até aqui (na Lava Jato) em razão de uma integração muito forte que existe entre as instituições”. “O enfrentamento à corrupção é uma grande dificuldade e não temos condições de fazer isso de forma isolada’, afirmou.

A visão se alinha ao que tem sido defendido pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O ex-juiz federal anunciou a criação da Secretaria de Operações Policiais Integradas, a primeira das modificações estruturais que estão sendo projetadas dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Essa área da pasta será chefiada pelo ex-superintendente da PF no Paraná Rosalvo Franco, que ocupava o cargo até se aposentar no fim de 2017, quando Valeixo lhe sucedeu.

Escolhido por Moro para o comando da PF, Valeixo afirmou que vai ‘buscar as melhores ferramentas para enfrentar esse mal, que se encontra de forma sistêmica na sociedade brasileira’. “A luta tem que continuar, essa pauta é prioridade.”

O futuro diretor-geral da PF afirmou que é necessário modernizar o modelo de investigação policial e a instituição como um todo. “Qualquer pauta que vise ao fortalecimento da Polícia Federal sempre terá o meu apoio integral da minha parte. Juntos, seremos mais fortes”, disse.

Até a posse no cargo, em janeiro, o delegado ainda é superintendente da PF no Paraná, sede da operação que descobriu R$ 40 bilhões em desvios da Petrobrás.

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