Funaro pede depoimento e acareação com Padilha e ex-assessor de Temer
O operador financeiro garante ter feito a entrega da propina da empreiteira Odebrecht para o PMDB
atualizado
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O operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro pediu, nesta quarta-feira (1º/3), à Procuradoria-Geral da República (PGR) para depor a respeito da acusação de que teria entregue um envelope no escritório de José Yunes, amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB).
O dinheiro, segundo Funaro, seria destinado ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que faria a “distribuição”. Além do depoimento, a defesa do doleiro pede uma acareação entre ele, Padilha e Yunes. O objetivo do encontro seria “esclarecer a verdade dos fatos manifestamente distorcidos”.
Funaro está preso em Brasília, desde julho de 2015, pela Lava Jato. Ele é suspeito de comandar, com o ex-deputado Eduardo Cunha, esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas, entre elas, a Petrobras. Os dois são muito próximos. Cunha também está atrás das grades, só que em Curitiba (PR).Padilha já disse, por meio de sua assessoria, que não pediu nada a Lúcio Funaro. Temer confirmou ter participado da reunião com Marcelo Odebrecht, quando diz ter pedido “doação eleitoral” para o PMDB, negando, portanto, caixa dois.