Funaro: Cunha funcionava como um banco de corrupção de políticos
Em seu acordo de delação premiada Lucio Funaro definiu o papel de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados
atualizado
Compartilhar notícia
Lucio Funaro definiu, em seu acordo de delação premiada, o papel de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
“Eduardo funcionava como se fosse um banco de corrupção de políticos, ou seja, todo mundo que precisava de recursos pedia para ele, e ele cedia. Em troca mandava no mandato do cara”, afirmou. “Não precisava nem ir atrás de ninguém, fazia fila de gente atrás dele”, disse Funaro.
Ao descrever o repasse de propinas na Caixa Econômica Federal, o operador financeiro relatou que entre 60% e 65% do valor de cada operação ficava com Geddel Vieira Lima, depois que assumiu a vice-presidência de Pessoa Jurídica do banco, em 2011.“O resto (40% a 35%) eu e o Cunha meiávamos no meio (sic) ou eu dava 5% a mais para o Cunha e o resto para mim, dependia da operação e da necessidade de caixa que ele tinha”, disse Lucio Funaro.
O operador disse que sua relação com o ex-presidente da Câmara era “muito boa” porque não se importava em destinar um valor maior a Cunha do que a ele próprio, se fosse para contemplar o “projeto político dele”.
“Falava ‘tá bom’ porque apostava que ele realmente ia chegar onde chegou, que foi chegar a ser a pessoa que teve mais importância e poder no Brasil. Foi um período curto de tempo, mas ele chegou.”
Cunha está preso há um ano e sua tentativa de acordo de delação, parada.