Frota entrega pedido de impeachment contra Bolsonaro nesta terça
Deputado federal assegura que é uma peça jurídica “irretocável” e que a levará para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
atualizado
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O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) anunciou, nesta segunda-feira (16/03), que entregará ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta terça-feira (17/03). No Twitter, Frota disse que já está tudo pronto e que, juridicamente, “a peça é irretocável”.
Processo impeachment de Bolsonaro está pronto e será entregue ao Rodrigo Maia amanhã dia 17 . Aliás 17 é um número que conhecemos bem. Juridicamente posso adiantar a peça é irretocável. @PSL_Nacional @PSDBoficial @RodrigoMaia @davialcolumbre @camaradeputados @lobaoeletrico pic.twitter.com/UHvGDoEVHV
— Alexandre Frota 77 (@alefrota77) March 16, 2020
O parlamentar afirmou que pediria o impeachment do ex-aliado no início do mês, depois de o presidente enviar, pelo WhatsApp, vídeo convocando para as manifestações do último domingo (15/03). Junto às imagens, Bolsonaro escreveu: “O Brasil é nosso. Não dos políticos de sempre”.
O vídeo, somado a declarações do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Heleno, de que parlamentares “chantageavam” o governo, esteve no centro da mais recente escala dos embates entre o Bolsonaro e o Congresso Nacional.
Ainda que Bolsonaro tenha negado, pedidos de intervenção militar e de fechamento da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) marcaram as manifestações desse domingo.
“Covardia”
Na ocasião em que anunciou o pedido, Frota declarou ao Metrópoles que a divulgação do vídeo era ” um absurdo, uma crise institucional, uma covardia”. Ele também disse que conversaria com Maia antes de decidir se protocolaria a peça.
“Todos os procedimentos e cuidados estão sendo tomados para uma peça irretocável com conteúdo imbatível. Estou fazendo meu trabalho pela democracia e defendendo o Congresso Nacional. Vou deixar nas mãos do maestro Rodrigo Maia. Sei do momento importante, sei da crise aberta institucional. É um [pedido de] impeachment jurídico e político. [Do lado] jurídico, estamos seguros de que a peça é forte, pelos profissionais envolvidos. Politicamente, deixo com Maia”, pontuou ele, à época.