Freixo entrega relatório da CPI das Milícias durante visita de Moro
O ministro da Justiça e Segurança Pública esteve na Câmara para apresentar aos deputados o Projeto de Lei Anticrime
atualizado
Compartilhar notícia
O deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) entregou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias durante visita de Moro à Câmara. Nessa quarta-feira (6/2), ele fez uma apresentação aos deputados sobre o pacote de medidas anticrime a ser enviado para apreciação no Congresso.
O projeto de lei de Moro propõe modificações na legislação atual. O relatório estabelece que as milícias, assim como as facções que controlam o tráfico de drogas, são organizações criminosas. Freixo presidiu a CPI das Milícias, que funcionou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2008.
Ao entregar o relatório produzido pela comissão, o deputado do PSol pediu ao ministro que se atentasse para o fato de que a milícia ajuda a eleger pessoas. “É importante o senhor entender que a milícia ajuda a eleger gente. Elegeu gente no Senado, inclusive. Não esquece, não deixe de ler”, pediu o deputado, em vídeo divulgado no Twitter.
Fomos impedidos de fazer pergunta durante a audiência com o ministro Moro sobre o pacote anticrime. No final, entreguei o relatório da CPI das Milícias. Estamos abertos para dialogar e fazer um debate sério sobre Segurança Pública. pic.twitter.com/KDqc4iuZZ9
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 6, 2019
O deputado do PSol reclamou que não houve, durante a apresentação do ministro, oportunidade para que os deputados presentes pudessem apresentar questionamentos sobre as propostas do governo e se colocou à disposição para dialogar e prestar informações sobre o assunto.
O deputado defende que o combate às milícias exige medidas diferentes das que são pensadas para outras organizações criminosas, justamente pelo caráter político das organizações. Nesse sentido, para ele, o pacote de Moro não contempla esse tipo de enfrentamento. “Não podemos enfrentar as milícias da mesma forma que se combatem as facções narcotraficantes. A milícia tem projeto de poder, elege políticos e domina muitas áreas do Rio de Janeiro”, observou.