Franklin Martins não é mais chefe de comunicação da campanha de Lula
Decisões, agora, serão tomadas por um colegiado, dividido em vários grupos de trabalho
atualizado
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O jornalista Franklin Martins não exerce mais a chefia da comunicação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com coordenadores do partido, o jornalista seguirá como um conselheiro especial do ex-presidente, que será lançado candidato à Presidência da República.
Um dos cotados para coordenar a comunicação, agora, é Edinho Silva. Se for confirmado, Silva terá que deixar a coordenação do programa do Fernando Haddad (PT), que é pré-candidato ao governo de São Paulo. Porém, ele, procurado pela reportagem, negou ter assumido a função e diz continuar na campanha de Haddad.
A informação foi confirmada ao Metrópoles por diversas fontes, inclusives subordinadas a Martins. Em conversa com a reportagem, o ex-governador do Piauí Wellington Dias apontou que as decisões agora serão tomadas por um conjunto de pessoas.
“Franklin Martins é, antes de tudo, um amigo do Lula de longas datas e caminhadas. É uma pessoa de quem o presidente gosta e confia. Será sempre um permanente conselheiro especial”, disse Dias.
O ex-governador se apressou em informar que a saída de Franklin da Comunicação da campanha não vem sendo considerada uma “crise” pelo PT. “Quanto a isso, não há crise”, enfatizou. “Franklin Martins estará sempre próximo do Lula”, destacou.
Colegiado
De acordo com o ex-governador, que se juntou à coordenação de campanha na última semana, as decisões passarão a ser tomadas por um colegiado, dividido em vários grupos de trabalho.
Além disso, a coordenação política da chapa ficará a cargo de Lula, do candidato à vice, Geraldo Alckmin (PSB), e dos presidentes do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira, além dos mandatários das demais siglas, que farão parte da frente formada em torno de Lula.
“Agora, não se trata mais de um assessoramento do Lula ou do PT. Será sempre uma decisão colegiada sobre os vários grupos de trabalho”, justificou Wellington Dias.
Contexto
Mais cedo, e meio aos rumores sobre saída da campanha, Franklin Marins se negou a comentar a substituição, mas indicou não mais fazer parte do grupo. “Eu não estou falando com a imprensa. Qualquer coisa, procure a campanha do Lula”, disse Franklin, nesta terça-feira (26/4,) ao ser questionado sobre uma possível demissão.
O jornalista foi o primeiro nome a ser chamado por Lula para compor a equipe. Durante todo tempo que esteve ao lado do ex-presidente, travou uma queda de braços com dirigentes petistas que reclamavam de não participar das instâncias decisórias.
O cume das divergências ocorreu na semana passada, quando o PT tomou a decisão de demitir a empresa MPB, do publicitário Augusto Fonseca, contratada para a produção dos vídeos. Franklin havia insistido na manutenção do contrato com a MPB.
O jornalista, no entanto, perdeu a disputa travada com o chefe da comunicação do PT, Jilmar Tatto, que defendeu o cancelamento do contrato com Fonseca e conseguiu emplacar o publicitário Sidônio Palmeira, dono da empresa Leiaute. Sidônio foi responsável pelas campanhas de Fernando Haddad em 2018 e por campanhas petistas na Bahia, como a de Wagner e a de Rui Costa.
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