Francischini sobre Previdência: “CCJ só vota texto na integralidade”
Líderes da Câmara decidiram que a retirada de pontos do texto da reforma serão feitas na comissão especial e não na CCJ
atualizado
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Após encontro com líderes da Câmara dos Deputados na residência oficial, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu que a retirada de pontos da reforma da Previdência vai ser realizada na comissão de mérito, e o documento só será votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando estiver na integralidade.
Para o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL- PR), apesar da decisão, os parlamentares têm o direito de fazer ponderações sempre que necessário. Segundo ele, o motivo da decisão foi a complexidade de determinados assuntos. “Eu apenas alertei que a retirada da desconstitucionalização e da questão rural é um pouco complicada pela formatação do texto”, contou.
Segundo o líder do PSL na Casa, Delegado Waldir (GO), os representantes das legendas entenderam que é necessário “tranquilizar o mercado” e que a discussão de mérito da proposta não deve ser na CCJ. “O mercado pode ficar tranquilo. O Brasil pode ficar tranquilo. Vamos avançar, sim, na reforma e cumprir os prazos”, garantiu.
Além do acordo em torno da discussão no colegiado, os líderes partidários discutiram a reforma tributária, que, de acordo com Waldir, foi o principal tema da reunião na residência. Ele disse, ainda, que o tema não vai ser colocado em tramitação agora, mas é possível que a Câmara discuta vários assuntos ao mesmo tempo.
Por fim, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) explicou que, pela própria estrutura do funcionamento da Casa, não há impedimento de tramitação de ambas as pautas.
“A tramitação da [reforma] Previdência já tem seu caminho traçado. Não tem motivo para que qualquer outro atrapalhe. A câmara tem suas diversas comissões”, completou.