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Francischini chama petista de “chata” e suspende CCJ

Presidente do colegiado, do PSL-PR, negou pedido de Maria do Rosário (PT-RS) e decisão gerou enorme discussão

atualizado

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Maria do Rosário
1 de 1 Maria do Rosário - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que analisa a possibilidade de prisão em segunda instância, foi suspensa por volta das 16h desta terça-feira (15/10/2019) por causa do início da ordem do dia no plenário da Casa. O relatório do projeto nem sequer foi apresentado e, segundo o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), a sessão será retomada mais tarde.

A interrupção da sessão também foi marcada por um bate-boca entre Francischini e a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Durante a obstrução feita pela bancada da oposição, a petista tentou reivindicar uma decisão do deputado. Ela fez uma questão de ordem, negada por Francischini, que deu a vez a outro deputado.

A petista alegou que o parlamentar teve uma atitude “machista”, porque priorizou o pedido de um homem ao dela, feito anteriormente. Ele então a chamou de “chata”. “Você é chata demais, deputada. Tudo é machismo. Toda hora e acusação que eu sou machista, homofóbico. Vocês só sabem gritar, ganhem no argumento e no regimento. Sentem-se. Que sangria desatada”, disse Francischini.

“Você Excelência não está à altura. Não sabe o que faz. Vossa Excelência apreendeu de maneira tão ruim com o canalha que está na Presidência da República e com aqueles que batem em professores. (…) Vossa Excelência aprendeu com quem a ser projeto de ditador? Nos chama na nossa sala e é cheio de mimimi e se faz se coitadinho, mas quando aparece aqui desmerece o nosso trabalho. Lamento a sua postura”, rebateu.

Parlamentares da oposição reclamam da pressa com que Franceschini colocou a matéria para análise no colegiado, na noite de segunda (14/10/2019). O grupo alega que ele foi motivado após o Supremo Tribunal Federal (STF) marcar para quinta-feira (17/10/2019) o julgamento sobre o mesmo assunto.

A discussão sobre a possibilidade de prisão depois que o réu for condenado em segundo grau traz implicações diretas para o rumo da Operação Lava Jato, podendo beneficiar, entre milhares de outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso por condenação no caso do triplex do Guarujá (SP).

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